A TV Correio realizou, na noite deste sábado (7), o debate da emissora entre os candidatos a prefeito de João Pessoa. O confronto de ideias foi marcado pelas apresentações de propostas em diversas áreas, a exemplo da saúde, segurança, educação, geração de emprego e renda, retomada da economia, ação social, mas também pelo embate e troca de ‘farpas’ e acusações entre os 10 postulantes presentes.
O debate contou com quatro blocos. A mediação foi do jornalista e editor do programa Correio debate, Hermes de Luna.
A TV Correio convidou para o debate do primeiro turno 11 candidatos a prefeito de João Pessoa, cujos partidos e coligações tenham pelo menos um representante no Congresso Nacional. São eles: Anísio Maia (PT), Carlos Monteiro (Rede), Cícero Lucena (Progressistas), Edilma Freire (PV), Ítalo Guedes (Psol), João Almeida (Solidariedade), Nilvan Ferreira (MDB), Raoni Mendes (Democratas), Ricardo Coutinho (PSB), Ruy Carneiro (PSDB) e Wallber Virgolino (Patriota).
Apesar de ter sido convidado para o debate, o candidato Ricardo Coutinho (PSB) não compareceu.
Logo no primeiro bloco teve iniciou uma rodada de perguntas, respostas e comentários entre os candidatos, envolvendo as seguintes sequências de candidatos: Carlos Monteiro, Raoni Mendes e Ruy Carneiro; João Almeida, Raoni Mendes e Wallber Virgolino; Anísio Maia, Cícero Lucena e Nilvan Ferreira; Carlos Monteiro, Edilma Freire e João Almeida; Italo Guedes, Cícero Lucena e Nilvan Ferreira trazendo pergunta, resposta e comentários.
O formato de pergunta, resposta e comentário, sempre envolvendo três candidatos perfilados em púlpitos seguiu nos demais blocos do debate.No quarto bloco, os participantes apresentaram as considerações finais.
EMBATES
O clima esquentou entre os candidatos durante vários momentos do debate. Nos primeiros blocos, João Almeida e Edilma Freire protagonizaram alguns ‘duelos’, principalmente envolvendo perguntas sobre os temas Educação e Gestão Pública. A candidata do Partido Verde chegou a acusar Almeida de estar ‘à serviço de alguém’ nestas eleições. “O candidato fez parte da gestão, e até bem pouco tempo elogiava o governo”, frisou a ex-secretária de Luciano Cartaxo, que recebeu tréplica resposta do vereador licenciado: “sinto vergonha alheia da sua resposta, candidata”, frisou.
O debate seguiu com alguns outros embates. Cícero Lucena perguntou sobre a geração de emprego e atendimento à questão social, e Edilma Freire respondeu que pretende ampliar a rede de restaurantes populares, garantir cursos de formação de mão de obra para a população e criar linhas de crédito pelo Banco Cidadão para que as pessoas possam investir no empreendedorismo.
Em comentário à resposta, Walter Virgolino prometeu “seguir a linha do presidente Jair Bolsonaro” e criar em João Pessoa o ‘Auxílio Emergencial Municipal Temporário’, para oferecer ajuda financeira a população na retomada da economia.
No arremate do tema, Cícero fez o arremate prometendo o lançamento do “Volta por Cima”, que, de acordo com ele, será um financiamento acessível. “Será até R$ 5 mil de financiamento, com juros zero, parcelamento em 30 meses e uma carência de 6 meses para os que estão em dificuldades ou precisam estruturar os pequenos negócios nessa crise da pandemia”, afirmou.
Na sequência, Nilvan Ferreira perguntou a Anísio Maia sobre propostas para superar os problemas ambientais provocados na Barreira do Cabo Branco, e questionou porque Cícero Lucena e Cartaxo não resolveram.
Anísio Maia retrucou com outro tema, a corrupção, e disse que Nilvan Ferreira não comentava mais sobre o assunto, porque era do partido de Geddel Vieira, o MDB. “Da próxima vez me faça aquela pergunta que lhe disse, e você tá muito caladinho”, disse.
No comentário, Ítalo Guedes disse que Nilvan Ferreira não resolveria o problema da Barreira, porque ele não conhecia do tema e participava do MDB, partido de Zé Maranhão. “As pessoas não vão cair nesse conto de fadas, pois conhecem o seu partido”, frisou.
No arremate, Nilvan Ferreira lamentou as respostas dos colegas e disse que Anísio e Ítalo não conheciam o problema da Barreira do Cabo Branco.
Em outro confronto, João Almeida perguntou a Ruy Carneiro sobre o tema como melhorar a segurança nas escolas municipais. O tucano prometeu investimentos na ‘Patrulha Escolar’.
Em comentário ao tema, Edilma Freire afirmou que Ruy Carneiro e João Almeida de não conheciam o tema educação. “Ele [Ruy] esquece que quando foi gestor, se enrolou, inclusive, com problemas e superfaturamento de materiais”, disse.
No arremate do tema, João Almeida, emendou: “vergonha alheia, candidata. Eu quero usar a minha experiência como Policial Rodoviário Federal há 26 anos, vou transformar João Pessoa na cidade mais segura do país”.
Num embate de esquerda, Carlos Monteiro questionou Ítalo Guedes sobre a participação da sociedade civil em suas propostas.
O socialista destacou a participação popular e dos conselhos municipais na gestão como uma das suas principais bandeiras de luta. “Quem vive nos bairros, quem vive nas localidades, é quem mais conhece essa realidade”.
A ideia foi seguida por Anísio Maia e Carlos Monteiro, que também destacaram as participações dos conselhos municipais e da população no governo.
Por fim, Raoni Mendes perguntou a Wallber Virgolino sobre a planta cartográfica de João Pessoa. O patriota responder dizendo que o documento estava defasado, “é de 2014”, e prometeu estudos para gerar emprego, renda e o desenvolvimento da Capital.
Em comentário, Ruy Carneiro disse que iria atualizar a planta cartográfica da cidade com o uso de tecnologia. No arremate, Raoni acusou os colegas de não conhecerem o tema e prometeu atualizar o documento com propostas rumo ao desenvolvimento.
WSCOM