A crise no PSB da Paraíba está instalada e por mais que as lideranças tentem acobertar os desentendimentos entre o governador João Azevêdo e o ex-governador Ricardo Coutinho, não dá mais para esconder a nítida divisão no partido. De um lado João com sua gestão estratégica e monótona e do outro Ricardo com sua ambição e autoritarismo.
A cereja que faltava para a confirmação do rompimento dentro do grupo aconteceu com a jogada da carta de desfiliação dos dirigentes de diretórios municipais. Jogada ensaiada e plenamente executada por Coutinho e seu lado do grupo com objetivo de tirar Edvaldo Rosas do páreo para que o mesmo possa assumir o comando do PSB no Estado.
Na própria Assembleia Legislativa já há vestígios do rompimento. Deputados que alegam estarem do lado de João, a exemplo do presidente da Casa, Adriano Galdino, e aqueles que vivem debaixo da saia de Ricardo e que auxiliam o ex-governador em seus planos, como Estela Bezerra e Cida Ramos, por exemplo.
Ainda não veio a publico o real motivo de Ricardo querer tanto o cargo de presidente do partido, mas setores da imprensa já especulam que a ambição do socialista – já citada anteriormente – o leva a querer os R$ 210 mil previstos para o fundo partidário mensal da legenda a partir do mês que vem, além do Fundo Eleitoral para 2020 que deve dobrar de tamanho, saltando para 3,7 bilhões, e a possibilidade do PSB ganhar uma boa parte desse montante já que possui 32 deputados federais e três senadores.
Em meio a toda essa divisão entre os principais nomes do partido, ainda há as recentes investigações da Operação Calvário que envolvem nomes de peso do ninho socialista, o que faz com que o partido venha perdendo cada vez mais o fôlego que resta para as próximas disputas estaduais e municipais. Ao fim, a pergunta que fica é: será que o campo de girassóis sobreviverá a esses dias de tempestade sem murchar?
Redação Bastidores da Política PB