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CPI da Covid e suspeitas de corrupção explicam queda de popularidade de Bolsonaro, dizem cientistas políticos

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Pressionado pelo avanço da CPI da Covid no Senado e denúncias de supostos esquemas de corrupção no Ministério da Saúde em meio a mais grave crise sanitária da história do país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vê sua popularidade cair a cada pesquisa e a rejeição ao governo aumentar. A pouco mais de um ano das Eleições 2022, o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao xadrez eleitoral elevou ainda mais as tensões sobre o atual chefe do Executivo, que perderia no segundo turno para qualquer dos concorrentes, segundo pesquisa Datafolha.

No levantamento divulgado nesta sexta-feira, Lula aparece com 46% das intenções de voto para a eleição presidencial contra 25% de Bolsonaro. O petista aparece à frente do mandatário tanto na pesquisa estimulada, quando são ditos os nomes dos candidatos aos entrevistados, quanto na espontânea. Neste último caso, Lula tem 26% dos votos, enquanto Bolsonaro, 19%. Em um cenário em que os dois se enfrentam no segundo turno, o petista aparece com 58% dos votos, contra 31% do presidente.

— O conjunto de resultados apresentados na última pesquisa são consequência da política adotada por Bolsonaro em relação à pandemia. Com mais de meio milhão de vidas perdidas e o avanço da CPI, levantando suspeitas de corrupção e expondo a demora na aquisição de vacinas, o impacto sobre a opinião pública é absolutamente profundo — avalia José Álvaro Moisés, cientista político da USP.

 

O Globo

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