Primeiro, Gervásio falou do seu rompimento com o ex-governador Ricardo Coutinho. Ele citou que não fala com Ricardo desde o dia que Coutinho se lançou candidato a prefeito de João Pessoa, em setembro de 2019. Gervásio confidenciou até que soube da decisão apenas pela internet, sem qualquer contato com Ricardo.
“Nós não construímos 2020. Em virtude dessa realidade houve um afastamento, e eu imagino que essas especulações sejam com base nisso. É o que eu posso dizer”.
“A última vez que eu falei com o ex-governador Ricardo foi na véspera da convenção em João Pessoa. Não participei das decisões que foram tomadas em relação ao pleito de João Pessoa do nosso partido. Fique sabendo da candidatura de Ricardo pelas redes sociais, pelos blogs. Quando ele me enviou uma mensagem eu já estava sabendo, porque a decisão já era pública […] De lá para cá, o que existe é um afastamento, um distanciamento”, continuou.
Gervásio disse ainda que “Quando você está na política, quando você está atuando na política partidária, as construções das decisões precisam se dar de forma colegiada. Se não, as coisas perdem o sentido, e foi isso o que infelizmente aconteceu”, finalizou.
PSB em 2022
Perguntado se pretende disputar as eleições para governador em 2022, ou se o partido pretende lançar candidatura própria, o deputado respondeu que toda e qualquer definição nesse sentido é, neste momento, muito cedo para ser tomada.
“Eu acho que as decisões devem acontecer primeiramente com o critério da coerência e com o critério da decisão colegiada. Preciso conversar com os que integram partido, os que estão na base nos municípios, para a partir daí, fazer uma avaliação e estudar aquilo que mais vá fortalecer o projeto”, disse.
Durante a entrevista, Gervásio deixou a entender também que pode apoiar João Azevêdo em sua campanha de reeleição em 2022.
“Em virtude das coisas que aconteceram em 2020, no que tem ocorrido internamente no PSB, o foco nosso vai ser, com coerência, construir um caminho de fortalecimento de projeto. Qual vai ser esse caminho? Não sei”, disse.
“Mas para ser um pouco mais direto, eu fiz uma opção em 2019. Houve um racha no PSB e eu tinha 2 caminhos: ou ficar com o governador João ou ficar com o ex-governador Ricardo e eu optei por Ricardo porque meu coração naquele instante dizia que era o caminho que eu tinha que adotar, mesmo sabendo que era o caminho mais difícil, mais duro. Agora, João não me deve nada, João não me faltou em nada, eu não faltei a João, muito pelo contrário, me dediquei muito a eleição dele. O único motivo foi esse, fiz uma opção. Então vamos para frente, vamos conversar e construir as coisas na base do partido”, respondeu.