Aos 46 anos e há 22 na magistratura federal, Sergio Moro deve pedir exoneração do cargo para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PSL), como anunciado nesta quinta-feira (1º).
É vedado a ele pela Constituição ocupar outro cargo que não seja o de magistrado. Moro tem que deixar o posto de juiz para ocupar a pasta no governo federal.
De início, quem ficará responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba, onde estão os processos criminais da Lava Jato, será a juíza substituta Gabriela Hardt.
Ela já atuou em casos da operação, como ao determinar a prisão do ex-ministro José Dirceu em abril deste ano.
Os processos da Lava Jato não serão distribuídos a outros juízes e ficarão com ela até que um novo juiz titular esteja na vara.
Ela deve ser a responsável pelo interrogatório do ex-presidente Lula (PT) na ação do sítio de Atibaia, no próximo dia 14.
Depois, a Justiça Federal da 4ª Região, que abrange os três estados do Sul, irá abrir um edital para que magistrados que desejarem ir para a vara da Lava Jato se candidatem.
Caso haja interesse, o juiz mais antigo será o escolhido para o cargo.
Caso não haja interesse de algum juiz titular, o cargo será oferecido a um substituto, como Hardt, que deseje ser promovido ao posto.
Nesse caso, além de antiguidade, há outro critério que pode ser considerado: o de merecimento.
Gabriela Hardt é juíza federal substituta desde 2009. Ela começou a carreira de magistrada na cidade de Paranaguá (PR).
Folha