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Com Centrão dominando Congresso e Casa Civil, cresce o apetite por cargos e orçamento

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Com a chegada ao Palácio do Planalto do senador Ciro Nogueira (PP-PI), nomeado formalmente nessa quarta-feira como novo ministro da Casa Civil, a expectativa do Centrão é que ele, uma das principais lideranças do grupo político, passe a liberar verbas para o reduto eleitoral de aliados e destrave a nomeações de cargos na estrutura federal. A ajuda é considerada crucial para elevar as chances de reeleição dos congressistas e do próprio presidente Jair Bolsonaro.

Com Nogueira à frente da articulação do Planalto, o PP acabará comandando os dois lados do guichê político. De um lado, estará o ministro-chefe da Casa Civil, que é presidente do partido. De outro, o deputado Arthur Lira, da mesma legenda, na presidência da Câmara. Próximos, ambos devem tabelar nas negociações envolvendo emendas e cargos. O deputado André Fufuca (PP-MA), um dos vices do partido, assumiu interinamente a presidência da legenda em substituição a Nogueira.

Como primeiro aceno aos congressistas, Nogueira deixou para a próxima quarta-feira a sua posse, às 16h, no Planalto. O novo ministro quis esperar a volta do recesso parlamentar para contar com a presença de deputados e senadores. Em áudio enviado a parlamentares na noite de ontem disse que “gostaria de contar com a presença de amigos e amigas.”

Segundo pessoas próximas, o chefe da Casa Civil também deverá convidar dirigentes de diversos partidos como um gesto de disposição ao diálogo. Embora seja improvável a presença de representantes da oposição, Nogueira quer passar o recado que não estará de portas fechadas. Ao assumir o cargo mais importante de sua carreira política, Nogueira também quer ter ao lado figuras históricas do PP, como o ex-presidente da sigla Francisco Dornelles, e familiares.

Antes mesmo de tomar posse, Nogueira já começou a despachar ontem na Casa Civil. Até domingo, segundo relatos ao GLOBO, ele deve se dedicar a identificar as principais queixas dos parlamentares e começar a montar a sua equipe. O secretário-executivo Jônathas de Castro deve ser mantido no cargo. Número dois do ministro Luiz Eduardo Ramos desde os tempos da Secretaria de Governo, ele é apontado como responsável por operar as negociações com o Centrão envolvendo a liberação de recursos e nomeações. No período, se aproximou de Nogueira e de Lira.

 

O Globo

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