Na posse do novo Diretório Estadual do Partido Verde (PV) na Paraíba, no último sábado (21), onde o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PV) foi conduzido à presidência, a ausência de representantes do PSC e PP – partidos da oposição tido como aliados – foi sentida. Nem mesmo Manoel Junior (PSC), vice-prefeito da Capital, se fez presente. Na manhã desta segunda-feira (23), o deputado estadual Renato Gadelha (PSC) justificou algumas ausências da sigla cristã.
“Foi motivo de agenda. Eu estava no Sertão, Marcondes na Colômbia e Leonardo em Brasília. Houve o convite, não diretamente, foi através de meu assessor, mas eu estava no sertão, e não pude participar”, disse Renato Gadelha ao Blog do Gordinho. Questionado acerca da ausência de Manoel Junior, ele não soube a motivação. “Não tive esse contato com ele”, respondeu.
Renato comentou rapidamente sobre as pretensões político-eleitorais do PSC na chapa que integrar. “Estamos mais focados na proporcional, mas não descartamos a possibilidade de disputar na chapa majoritária”, explicou.
Chapa dos rebeldes
Ao comentar sobre as movimentações que o PSC pretendia na chapa majoritária da oposição, Renato mostrou insatisfação, assim como o Progressista, sobre a definição “às escuras” – como definiu Maranhão – dos nomes oposicionistas. “Fomos surpreendidos porque não fomos convocados para essa reunião de Brasília, e dela já veio com a chapa resolvida”, reclamou.
De acordo com o parlamentar, a chapa – que para ele é: Lucélio (PV) e Micheline (PSDB); Cássio Cunha Lima (PSDB) e Raimundo Lira (PSD) – pensou apenas em Campina Grande e João Pessoa. Para ele, as prefeituras estão representadas pelo irmão do prefeito da Capital e pela esposa do prefeito campinenses, o que do ponto de vista lógico é importante, mas do ponto de agregar partidos deixa a desejar.
“Mas acho que deixou muita gente da oposição de fora da chapa. O PP, de Enivaldo, Aguinaldo e Daniella, o PR, de Wellington Roberto, o PSC de Marcondes, o próprio MDB poderia ter participado dessa chapa, talvez se conseguissem um consenso, o PROS de André Amaral, o PDT de Damião. Ficou muita gente de fora dessa chapa, que poderá dar margem para surgimento de outra chapa ou que ingresse na chapa de Maranhão”, projeto Gadelha. Indagado diretamente sobre essas siglas deixadas de lado formarem uma chapa própria, e portanto a oposição ter duas chapas, Renato foi direto: “Existe essa possibilidade”.