Nesta terça-feira (19), a vereadora Fabíola Rezende (Cidadania) repudiou a chacina de gatos que ocorreu no Mercado Central de João Pessoa, no feriado da última sexta-feira (15). Ela explicou que o acontecimento é um risco, também, para a população: “A pessoa ameaçada foi Seu João do milho, que há muito tempo trabalha no Mercado Central. O autor da chacina, quando não o encontrou, descontou nos animais que ele alimentava”, explicou.
A parlamentar destacou que o fato precisa impactar de tal forma a sociedade para que se perceba a urgência de políticas públicas para a causa animal. “Peço que possamos nos unir diante do que está acontecendo, para que a gente realize uma castração em massa de animais. Talvez, para o Poder Público, isso possa parecer difícil, mas não é. É uma questão de se administrar, procurar ‘ONGs’ e protetores que estejam dispostos, que realmente defendam a causa”, afirmou.
Embora compreenda a impossibilidade de oferecer um lar para cada animal, Fabíola insistiu que a castração pode ser uma solução e sugeriu que o Poder Público, através da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), disponibilize um local de apoio para o pós-operatório. “É preciso castrar, marcar esses animais através de chip e colocá-los de volta no habitat natural deles. Porque há pessoas de bom coração, como Seu João do milho, que alimenta animais”, reforçou.
Fabíola também se queixou da ausência de campanhas de conscientização no Abril Laranja, mês da prevenção contra a crueldade animal. “Se temos um órgão que deveria estar funcionando de forma a chamar atenção para a causa animal seria a Coordenadoria do Bem-estar Animal e Ambiental”, disse. Ela ainda lembrou que o Centro de Zoonoses tem sido criticado pela falta de vagas, em função da alta demanda concentrada. “É aí que vem a questão de ONGs e protetores se unirem, de verdade, e a gente ter um local para cuidar dos animais no pós-operatório”, acrescentou.
União, para a vereadora, é fundamental: “Se os representantes da causa animal não se unirem de forma tal para combater tudo isso que está acontecendo, fica difícil para uma pessoa só combater. E ninguém faz nada sozinho”.
Marcos Henriques (PT) se acostou ao pronunciamento da colega Fabíola: “Muita gente não cria um animal por uma questão financeira, porque sabe que o veterinário é caro, e, de repente, se você tem um poder público que possa dar essa mão, a gente ia ter um acolhimento melhor por parte das pessoas que têm compaixão e que gostam de animais”.
O Líder do Governo, Bruno Farias (Cidadania), reforçou que, assim como Marcos Henriques, se sentia feliz por ter a oportunidade de aprender e testemunhar o amor demonstrado por Fabíola com a causa animal.