O prefeito Romero Rodrigues (PSDB), de Campina Grande, atacou duramente uma lei sancionada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), às vésperas de deixar o Governo do Estado, criando uma guarda pessoal para o ex-governador. “Enquanto a Paraíba está mergulhada no mais absoluto caos na área de segurança pública, Coutinho afronta o contribuinte mais uma vez com uma medida que dá a exata dimensão de sua principal preocupação: o próprio bem-estar”, critica Romero.
A lei, de nº 11.097, de 28 de março deste ano, foi sancionada e publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 31. A criação, no caso da guarda, beneficia mais especificamente o gestor que deixou o cargo mais recentemente. Ao todo, serão três policiais militares colocados à disposição da segurança do futuro ex-governador. Todos pagos pelo Estado. Na mesma lei, são criados cinco cargos de indicação de familiares para cuidar do acervo dos ex-governadores.
Na avaliação de Romero Rodrigues, é por conta desse tipo de postura que a população brasileira está dando as costas à classe política, pois muitos se atrevem a financiar seus projetos pessoais de usufruto do poder até mesmo quando deixam seus cargos, sem qualquer respeito à situação dos cofres públicos e ao suado dinheiro do contribuinte. Para o prefeito campinense, esse traço da personalidade do socialista que não tem o menor escrúpulo em usar a caneta para benefício próprio, sob o manto da institucionalidade, pode ser detectado em vários momentos nos últimos oito anos.
O tucano chama atenção para o fato gritante de que a Granja Santana, durante as gestões de Ricardo Coutinho, sempre teve uma estrutura de segurança que nem de longe foi aplicada na maioria dos municípios paraibanos. Mais recentemente, no dia 19 de fevereiro deste ano, no seu indomável egocentrismo, o governador inaugurou na Fundação Casa de José Américo um memorial que, nos mínimos detalhes, consolida o culto à personalidade de governante às custas do erário, “com direito até a uma revista em quadrinhos intitulada “Ricardo Coutinho em Quadrinhos”, impressa na editora oficial do jornal A União.