O vereador Carlão (PL) iniciou seu pronunciamento, nesta quinta-feira (7), afirmando-se feliz pela aprovação do projeto de lei de sua autoria que proíbe o uso de dinheiro público para a produção de mídias e materiais de comunicação sobre orientação sexual para crianças e jovens de João Pessoa. “Importante trazer isso porque quanto mais a gente pensa em respeito à liberdade, existe algo camuflado que a gente às vezes não percebe. É a maneira que se usa da mídia para induzir, erotizar, para seduzir crianças e jovens. Isso precisa ser vedado principalmente de forma maliciosa, quando se usa do dinheiro e poder público. Não existe problema algum em uma pessoa decidir a sua orientação sexual. O que a gente não pode permitir, e nem eu vou tolerar, é que se utilize de dinheiro público, da mídia, para seduzir, erotizar, influenciar a orientação sexual de crianças e jovens”, explicou.
Em seguida, o parlamentar comentou sobre a situação do deputado Daniel Silveira, preso por defender o AI-5 e atacar o Supremo Tribunal Federal (STF). “São quase 200 anos de constituição, várias ações, reformas, mas 200 anos da constituição. E a gente tem uma Suprema Corte que deveria protegê-la, guardá-la, e não desvirtuar, não colocar linhas tortas naquilo que é reto. Fico vendo as decisões de ministro do Supremo Tribunal Federal que não representam, por si sós, a própria instituição do Supremo”. Carlão enfatizou não concordar principalmente com o fato de envolverem a mãe do deputado no caso.
Para Marcos Henriques (PT), estaria claro que Silveira infringiu uma lei. “Não é liberdade de expressão”, ressaltou.
“Quero trazer aqui somente a ideia de uma mulher, senhora, idosa, dona Matilde Silveira, mãe do deputado Daniel Silveira, que está sendo coagida, ameaçada, porque seu filho está combativamente defendendo o seu direito de fala como deputado. ‘Você concorda, Carlão, com o que ele falou?’ Algumas coisas até não concordo. Deve responder por crimes de injúria e difamação, de calúnia. Mas, ser preso por isso? E por meio dessa prisão tentarem coagir a sua mãe, uma mulher de mais de 60 anos de idade? É isso que a gente não pode permitir”, concluiu Carlão.