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Candidato ao senado pelo MDB lamenta Temer ser de seu partido e diz que negou cargos em seu governo

  • Cidade
  • 6 de setembro de 2018
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O candidato a senador pelo MDB, Roberto Paulino, foi o terceiro a ser sabatinado no programa Correio Debate, da 98 FM/Correio Sat. Durante a entrevista, o emedebista lamentou que o presidente Michel Temer seja integrante do partido e revelou algumas ‘cantadas’ do Governo Federal para que ele assumisse uma diretoria. Paulino afirmou que se recusou a ser parte desse governo.

Cantadas do governo. “Não sou político radical, mas sou homem de posição. Infelizmente, eu lamento muito ele (Temer) ser do meu partido. Esse governo tomou atitudes que não condizem com a história do MDB. Eu quero resgatar a dignidade do político paraibano lá no Congresso. Lá eu não vou envergonhar a Paraíba, meu nome não vai estar em página policial e nem em Lava jato, vou ter independência. Esse governo mandou me oferecer diretorias, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, eu não quis. Meus amigos mandavam meu currículo e eu mandava buscar de volta, porque talvez eu tivesse que fazer coisas que eu não faria e ia pedir demissão. Eu preferi não assumir cargos e ter autoridade”.

Descrença com a política. “As pessoas dizem que vão votar em mim porque sou ficha limpa. se fosse para concorrer em termos de estrutura eu não tinha chance nenhuma, a diferença é que, na Paraíba, tem 50% de eleitores indecisos que não quer votar. Algumas pessoas disseram: Roberto eu não ia votar para o Senado, mas em você eu voto. Isso é para a gente fazer um comparativo. O eleitor tem a chance de votar uma pessoa experiente, ficha limpa. Às vezes aparece quem promete coisas que não pode fazer, mas o eleitor é bem informado”.

Reforma da Previdência. “O Brasil precisa de ajustes, de reformas, e eu acho que vai acontecer. Qualquer governante vai ter que promover as reformas, mas como aconteceu nesse governo foram coisas que vieram de guela abaixo, não houve discussão com a população. Esse Congresso que está aí não tem muita autoridade, nem todos têm como propor reformas, porque são pessoas que não estão preocupadas com o interesse da comunidade. Precisamos ouvir sindicatos, empresários, trabalhadores e a sociedade, porque não podemos tirar direitos, porque no final só sobra para o pobre e aqueles mais ricos ficam aí e não são atingidos. Precisamos sim fazer reformas, mas lá no Congresso vou dizer o que é sim e o que é não”.

Reforma do Código Penal. “É um assunto que temos que resolver porque esse Código é de 1940 e precisamos ajustar a realidade. A sociedade evoluiu de todas as maneiras e tem assuntos polêmicos, inclusive da maioridade penal, e nós vamos discuti-lo envolvendo a sociedade. O político tem que usar os vários meios de comunicação para discutir e ouvir a opinião. Eu que sou avô, a gente sabe que é muito complicado educar nessa atual conjuntura, temos que dar educação, meios, estimular a se profissionalizar. Ter educação mais forte e qualificar melhor, não é somente diminuir a idade para punições mas preocupar-se na educação, na formação, de dar condições aos pais para dar meios de educar os filhos”.

Duplicação da BR-230. “O senador de Zé, Roberto Paulino, assume aqui de público, será uma das minhas primeiras ações ver como está essa obra, se isso tudo foi verdade e como está. Maranhão já me disse que é uma prioridade. Eu e Maranhão duplicamos a BR-230 e isso aí vamos fazer porque é um compromisso nosso”.

Nova Constituinte. “O STF está tomando iniciativas que são do Legislativo, mas alguém tem que fazer alguma coisa. Eu discordo, mas o Congresso está tão fraco e tão omisso, tem senador e deputado que se escondem. Roberto Paulino é ficha limpa. Sou a favor da constituinte o Brasil precisa de uma reforma política, econômica. Na hora que o Congresso puder discordar de um ministro, mas tem deputado e senador que não passa nem na porta do Supremo, tem uns que têm medo até de guarda-noturno. Tem que ter homem que tem moral para criticar, apoiar e discordar”.

Portal Correio

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