De acordo com as investigações da Operação Calvário, que teve mais uma fase deflagrada nesta quinta-feira (04), Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, e o empresário Pietro Harley, alvos de mandados de prisão, foram apontados também como cabeças de uma tentativa de fraude na Educação, na cidade de Queimadas, junto ao ex-prefeito Jacó Moreira Maciel, em 2013.
Segundo o documento, Pietro exercia “grande influência” na prefeitura de Queimadas e, por intermédio de Coriolano Coutinho, ambos operaram para que o município forjasse, de forma semelhante às denúncias em João Pessoa, uma ata de registro de preço (espécie de licitação), com o objetivo de viabilizar diversas aquisições de livros No entanto, por motivos alheios (veja abaixo), essas compras não ocorreram com o uso desta ata.
Assalto e morte
Segundo depoimento de Bruno Donato, ex-motorista do empresário Pietro, em meio a um encontro entre Coriolano Coutinho e Jacó Maciel, numa fazenda em Queimadas, houve um assalto. O motivo do encontro era para tratar do “processo dos livros de Pietro”, afirma Donato.
Segundo o documento, durante a reunião houve uma ocorrência grave: o assalto. No depoimento, Donato afirma que Coriolano, Jacó e os demais que lá estavam, foram assaltados. Após isso, o suposto autor do delito foi assassinado, com claros indícios de “justiçamento” ou “queima de arquivo”. A família da então da vítima vem atribuindo a Coriolano Coutinho a autoria do homicídio.
O relatório destaca ainda que não é a primeira vez que Coriolano é apontado como o mandante de “justiçamentos”. Existem relatos e processos que investigaram a prática de tortura por ele e seus “capangas”, mas “muitos dos quais sequer passaram da fase de investigação, isto porque há diversos indícios da influência desta organização criminosa junto ao sistema de justiça”.
VEJA O TRECHO DO DOCUMENTO QUE TRATA DO CASO
Da Redação com Polêmica PB