Presa na sétima fase da Operação Calvário, denominada Juizo Final, deflagrada pelo GAECO, Ministério Público Estadual – MPE, Ministério Público Federal – MPF, Polícia Federal e Controladoria Geral da União – CGU, a prefeita de Conde, Márcia Lucena (PSB), se complica cada vez mais conforme se descortinam novas revelações da Operação que a acusa de pertencer a uma Organização Criminosa – ORCRIM – suspeita de desviar dinheiro da saúde e da educação do estado da Paraíba e do município de Conde.
No “Anexo 58” do inquérito aberto pelo Ministério Público, que O ESTADO PB teve acesso, o GAECO revela a atuação da ORCRIM para interferir na eleição de 2016 na cidade de Conde com resultado favorável a Márcia.
Além das diversas reuniões entre Márcia Lucena com Daniel Gomes (‘Chefão’ da Cruz Vermelha) e com Cláudia ‘Camisão’ para tratarem da entrada da Organização no município de Conde e também para pagamento de dinheiro de propina ao marido da prefeita, o ator da novela “Amor de Mãe” da Rede Globo, Nanego Lira, novas transcrições citam a irmã de Márcia, Jaíra Lucena, atuava com o cargo de gerente na Cruz Vermelha em João Pessoa e em Mamanguape noutra empresa investigada pela Calvário, o IPCEP.
Os dados do GAECO indicam que Márcia Lucena não era a única da família nessa “empreitada”. Seu marido teria recebido propina de dinheiro desviado da Saúde de Conde e sua irmã seria um braço dentro das Organizações Sociais investigadas por corrupção e desvio de verbas públicas.
Durante a prisão da prefeita Jaíra passou a ser uma espécie de porta-voz de Márcia trazendo bilhetes para serem lidos do lado de fora do Presídio Feminino Júlia Maranhão, segundo relatos de seu próprio pai Iveraldo Lucena, em um de seus discursos na porta do presídio onde a filha estava presa.
A Paraíba aguarda ansiosa os desdobramentos da Operação Calvário que parece estar passando a Paraíba a limpo.
Da Redação, com Eudes Santiago