As ações contra o ex-procurador-geral da Paraíba Gilberto Carneiro e o motorista dele, denunciados na Operação Calvário, vão ser julgadas pela Justiça comum, após decisão unânime da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba tomada nesta terça-feira (28). O caso foi parar na câmara criminal depois que o Ministério Público da Paraíba (MPPB) recorreu de uma decisão na primeira instância que transferia o processo para a competência da Justiça eleitoral.
A apreciação do recurso do MPPB começou na quinta-feira, mas foi adiado após um dos desembargadores pedir vistas. O relator desembargador Arnóbio Alves Teodósio e o revisor desembargador Ricardo Vital de Almeida já tinham votado a favor do recurso. Nesta terça-feira, o autor do pedido de vistas apresentou o voto acompanhando o relato
Gilberto Carneiro é acusado de apropriação indevida e desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. A denúncia contra ele está relacionada a um empréstimo de uma caminhonete nova que teria sido solicitada por Gilberto Carneiro, então procurador-geral do município de João Pessoa, a um empresário.
O veículo era destinado para o uso do então candidato a vice-governador da Paraíba Rômulo Gouveia na campanha política das Eleições 2010. Ainda conforme a denúncia, o pedido ganhou status de urgência considerando que o empresário era sócio majoritário da empresa que mantinha contratos de prestação de serviços com a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emulr) e com o município de João Pessoa.
De acordo com o TJPB, a denúncia diz que o veículo foi comprado em nome de um amigo do empresário, e não foi devolvido até esta terça-feira (28). No processo, consta que no dia 11 de agosto de 2011, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aplicou uma multa quando o carro estava sendo conduzido pelo motorista de Gilberto Carneiro.
G1