Desde o final da terça-feira (23), quando a ex-secretária Livânia Farias foi solta para cumprir medidas cautelares após fazer delação premiada e seus advogados largarem o caso, os ânimos nos bastidores da política paraibana estão a todo vapor. O clima de tensão e ansiedade para o momento em que finalmente virá à tona quem está por trás do maior escândalo de corrupção na área da Saúde do Estado deixa todos apreensivos, como se uma bomba estivesse prestes a explodir e levar consigo grandes nomes para o Calvário.
Nas ruas, nas conversas de Whatsapp, nas Casas Legislativas, com atenção para a Assembleia Legislativa e também no Governo da Paraíba, em todo lugar que se discute minimamente sobre a política paraibana, não se fala sobre outra coisa: quem serão os próximos alvos da operação e o que será descoberto com o depoimento da (ex?) socialista que já vem sendo chamado por alguns setores da imprensa de “delação do fim do mundo?”.
O questionamento continua no ar. Especulações dão conta de que a ex-secretária deu detalhes sobre como empresas que prestam serviço ao Estado teriam sido usadas para fazer pagamentos a aliados sem que isso impactasse as contas da administração pública, outros falam que a delação de Livânia teria a ver com a agenda trazida por ela no dia de sua prisão e que nela existem detalhes sobre familiares de membros do judiciário que vêm recebendo salário sem trabalhar.
Em outra linha de especulações ainda há as notícias que chegam por terceiros sobre Livânia ter delatado deputados estaduais que receberam propina das organizações sociais para a campanha eleitoral e que esse dinheiro também tenha sido usado para financiar a campanha dos socialistas para o governo do Estado, cargo atualmente ocupado por João Azevedo.
O fato é que até agora todas essas são suposições ainda não confirmadas pela Justiça, mas que em breve terão um desfecho com a próxima fase da Operação Calvário. Enquanto isso, faltarão unhas para serem roídas por quem está na área de circunferência dessa bomba prestes a explodir.
Da Redação