O presidente Jair Bolsonaro quer acabar com a taxa de visitação de praias na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Ele classificou a taxa como um “roubo” praticado pelo governo federal.
Nesta segunda-feira, Bolsonaro saiu do Palácio do Planalto e foi a pé ao Congresso para participar de uma cerimônia no plenário da Câmara.
No fim de semana, em uma rede social, Bolsonaro criticou a taxa cobrada para visitar as praias na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Disse que o valor explica porque, segundo ele, quase inexiste turismo no Brasil. Ele afirmou ainda a taxa é “um roubo” praticado pelo governo federal e que vai rever.
Atualmente, o turista paga duas taxas para entrar na ilha. O governo de Pernambuco cobra R$ 73 por dia de permanência. Bolsonaro se referiu a outra taxa, cobrada pelo governo federal para entrar nas praias do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, que começou a ser exigida em 2012.
A taxa é de R$ 106 para brasileiros e de R$ 212 para estrangeiros. A cobrança é feita pela empresa Econoronha, que venceu uma licitação. A taxa é paga por pessoa e vale por dez dias. Depois que paga esse valor, o turista tem acesso às principais praias e trilhas.
O Instituto Chico Mendes (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que administra os parques nacionais, diz que 70% do valor do ingresso é para melhorias no parque, como projetos de reforma e manutenção de trilhas.
Nesta segunda-feira, numa entrevista coletiva no Recife, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) falou sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro.
“Ele fez um comentário em cima de uma taxa federal. Ele administra isso aí. Se ele acha que está inadequada, cabe ao presidente da República tomar as providências”, afirmou o governador.
A Econoronha, a empresa que ganhou a licitação para administrar a cobrança, faz parte do grupo Cataratas.
É a mesma concessionária que faz a gestão da visitação turística em outros parques, como o das cataratas em Foz do Iguaçu.
A entrada no parque – para um dia – custa R$ 41 para brasileiros, R$ 55 para turistas do Mercosul e R$ 60 para turistas de outros países.
G1