Alinhado à esquerda e antibolsonarista, o portal Diário do Centro do Mundo publicou na segunda-feira (15) que Jair Bolsonaro “vai barrar nova concessão da Globo em 2022”.
De acordo com texto assinado pelo editor Daniel César, o presidente sequer levaria em consideração os documentos obrigatórios que a emissora precisa apresentar ao governo no processo de renovação.
A reportagem do DCM ouviu um parlamentar da tropa bolsonarista. “No que depender dele, a Globo termina em 2023”, disse a fonte mantida no anonimato.
O Sala de TV acompanha esse clima bélico desde 2019, quando o presidente sinalizou pela primeira vez a possibilidade de não dar autorização para a rede carioca continuar a funcionar. A concessão atual expira em 5 de outubro do ano que vem.
Teoricamente, o chefe do Executivo pode negar, suspender ou cancelar uma concessão na ‘canetada’. Mas a decisão precisa ser confirmada pelo Congresso. No caso da Globo, isso dificilmente aconteceria. A emissora possui relevante influência política em todos os estados e vários parlamentares são donos de afiliadas e retransmissoras.
Os políticos que comandam Brasília não se colocariam contra a gigantesca vitrine que é a Globo justamente em um ano eleitoral, com a propaganda na televisão vista como imprescindível para os candidatos e os partidos.
Ainda que os parlamentares viessem a ratificar tal decisão de Bolsonaro, a TV da família Marinho poderia judicializar a questão. Não sairia do ar até o julgamento definitivo da questão.
Ao longo da história brasileira, poucas emissoras perderam a concessão. Dois casos merecem destaque. Em 1970, a TV Excelsior foi extinta após uma série de desentendimentos com o governo militar. Dez anos depois, a TV Tupi teve a concessão cassada por não apresentar condições financeiras de continuar a operar.
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