O presidente Jair Bolsonaro oficializou nesta terça-feira sua saída do PSL. A ficha de desfiliação foi assinada nesta tarde em seu gabinete. O comunicado será enviado ainda hoje ao presidente do PSL, Luciano Bivar, e, em seguida, à Justiça Eleitoral.
Com isso, Bolsonaro ficará livre para assumir o comando do Aliança pelo Brasil, sigla que está sendo criada por ele. O evento de fundação está marcado para esta quinta-feira, em Brasília.
O anúncio foi feito nesta tarde pelos advogados Karina Kufa e Admar Gozanga, após se reunirem com o presidente por mais de uma hora em seu gabinete no Palácio do Planalto.
– O presidente está se desfiliando hoje do PSL. Vamos fazer a convenção na quinta-feira e tocar o partido para frente – disse Gonzaga.
De acordo com os advogados, não é empecilho para que Bolsonaro assuma a presidência do partido. A executiva que terá 15 integrantes será anunciada na quinta-feira.
Na segunda-feira, Bolsonaro sinalizou que poderá assumir a presidência da nova legenda. Entretanto, ao conversar com jornalistas, não respondeu se ele estaria disposto a acumular as funções da Presidência da República com o comando da nova sigla.
Conforme o GLOBO antecipou, o senador Flávio Bolsonaro ( PSL -RJ) pode ganhar o comando do novo partido político que está sendo formado pelo pai. Ele é a segunda opção para assumir a presidência do “Aliança pelo Brasil” , caso o presidente Bolsonaro, que é a expectativa da maioria dos apoiadores, decida não ocupar a liderança formal da sigla que está sendo gestada para aglutinar apoiadores do bolsonarismo.
A estratégia que vem sendo discutida na criação do “Aliança pelo Brasil” é Bolsonaro assumir a presidência de seu novo partido e, imediatamente, se licenciar, passando o comando para Flávio. Bolsonaro, então, seguiria como uma espécie de presidente de honra.
O Globo