O futuro vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira que Julian Lemos (PSL), integrante da equipe de transição que já respondeu a três processos por violência doméstica , “não vai ter cargo no governo”.
Questionado pela imprensa sobre o assunto, Mourão – que foi ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição discutir o formato de sua futura equipe – afirmou que as acusações não causam constrangimento ao novo governo, mas que Julian Lemos foi eleito deputado federal e participará apenas da transição – ele é vice-presidente nacional do partido e presidente do diretório paraibano da legenda.
Na ficha de Lemos, que coordenou a campanha de Bolsonaro no Nordeste, consta uma condenação por estelionato em primeira instância em 2011, que prescreveu antes de novo julgamento, e três processos por violência doméstica entre os anos de 2013 e 2016.
– O Julian foi deputado. Já passou, essa história já é conhecida. Isso é fato antigo, conhecido. Não sei até porque que só saiu agora. Aí a imprensa como um todo já sabia disso. Ele é da equipe de transição, mas não vai ter cargo no governo. Só faz parte da equipe – afirmou Mourão.
O vice-presidente eleito disse que vai realizar uma reestruturação da vice-presidência, com enxugamento de pessoal, e que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ainda está estudando novas nomeações para a equipe de transição, mas que não pretende usar o número total de 50 cargos disponíveis.
– Pode ser que ele até sexta anuncie alguém. Mas acho que não vamos usar os 50 não – disse.
O Globo