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ARTIGO: Há um padrão de transferência de votos de um político para um candidato; entenda

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Por Júnior Campos

No próximo ano teremos eleições no Brasil. Candidatos vão concorrer a vagas nas Assembleias Estaduais, nos Governos Estaduais, na Câmara Federal, no Senado e no Governo Federal. O voto para cada um deles sai de cada município Brasileiro, que tem seus representantes locais. Ou seja, as lideranças políticas de cada município é que direcionam os votos para estes candidatos nas esferas estadual e federal.

Nesse processo, o candidato dependerá da articulação política do seu apoiador em cada município. Para ter sucesso em sua candidatura, o candidato precisará que seus apoiadores, espalhados pelo Estado ou País, consigam fazer uma transferência de votos favoráveis. Isso acontece por duas vias: oposição e situação de cada município.

Um fato importante a ser considerado, é que de acordo com o cientista político e pesquisador, Alberto Almeida, no livro “A cabeça do eleitor”, há um padrão estabelecido na transferência de votos, de um político para um candidato. Este padrão que pode ser verificado em cada eleição, por meio de pesquisas, mostra que quanto maior a aprovação de um governo, maior a transferência de votos para os candidatos por ele apoiado. O mesmo acontece quando o governo tem uma baixa aprovação, que para os especialistas seria abaixo dos 40%, o que inviabilizaria uma boa transferência de votos. Deve-se levar em conta ainda o percentual de rejeição do político; quanto maior, menor a transferência de votos.

Quando o assunto é oposição, o mesmo padrão pode ser percebido, considerando que aquele político que melhor lidera um grupo oposicionista é o que sempre ocupa o segundo lugar nos números de votos transferidos, quando o governo é bem avaliado. Ainda segundo Alberto Almeida, isso acontece principalmente se o político tiver uma identidade clara do seu posicionamento enquanto opositor. Ou seja, quanto mais identificado como principal adversário do governo, maiores as chances de reunir os votos da oposição, o que vai lhe garantir uma boa transferência de votos para os candidatos apoiados pela sua base. Nesse contexto, o filósofo Nicolau Maquiavel, em seu livro “O Príncipe”, já chama a atenção para o posicionamento claro do político; situação ou oposição.

Observado isto, é seguro dizer que a pouco mais de um ano antes das eleições, governantes e lideranças políticas precisam intensificar as ações para reforçar seus posicionamentos políticos em seus municípios, a fim de fortalecerem suas identidades, construindo uma boa base eleitoral para direcionar o máximo possível de votos para os seus candidatos apoiados.

Em raras exceções, os resultados eleitorais fogem desse padrão.

Sobre Júnior Campos

Paraibano, graduado em letras, especialista em Assessoria em Comunicação e Marketing Político, consultor em comunicação política e governamental na Assessoria1, membro da ABCOP, realiza palestras, treinamentos, cursos e oficinas no campo da comunicação, com experiências em campanhas municipais e estaduais.

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