Um grupo de parlamentares ligados ao deputado Aécio Neves (PSDB-MG) vem aproveitando a movimentação para que Celso Sabino se torne o líder da maioria na Câmara para se aproximar da base bolsonarista na Casa Legislativa. Segundo reportagem do jornal o Globo, a expectativa dos aecistas é que, se Sabino for confirmado para o posto, será mais fácil negociar cargos e verbas. A manobra, porém, não conta com o apoio das lideranças do partido e nem da ala paulista, evidenciando uma fissura interna no interior da legenda.
Ao todo, dez partidos encaminharam um requerimento pedindo que Sabino fosse conduzido ao cargo de liderança da maioria na Câmara, mas o PSL e o Republicanos retiraram o apoio. De acordo com a reportagem, o grupo que deseja uma aproximação com a base bolsonarista seria composto por cerca de dez deputados ligados a Aécio. Já os parlamentares próximos ao PSDB paulista e ao governador João Doria (PSDB-SP) avaliam que a legenda não deve se juntar ao centrão na composição da base governista, mantendo uma posição mais independente.
A estratégia para a cooptação dos parlamentares tucanos foi articulada pelo líder do PP, Arthur Lira (AL), que vem atuando como articulador informal de Jair Bolsonaro na Câmara. Teria partido dele a ideia de tornar Sabino líder da maioria na Casa. Com isso, Lira espera aumentar sua base de apoio na disputa pela presidência da Casa, apesar da lideranças do PSDB preferirem apoiar as postulações do MDB e DEM.
Ainda segundo o Globo, após Sabino aceitar a indicação feita pelo centrão para o posto de líder da maioria, o PSDB abriu um processo interno que poderá resultar na expulsão do parlamentar.
Brasil 247