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Após vetar comercial do BB, governo decide que peças de propaganda de estatais terão de ser aprovadas pelo Planalto

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Depois de barrar uma propaganda do Banco do Brasil, o governo Jair Bolsonaro decidiu que todas as peças publicitárias de estatais terão que passar pelo crivo da Secretaria de Comunicação da Presidência.

A ordem foi enviada na quarta-feira (24) por e-mail para as empresas estatais, entre as quais Correios e Petrobras.

Até então, somente comerciais institucionais costumavam passar pelo Planalto. As peças mercadológicas, destinadas a vender produtos, precisavam apenas da chancela da própria instituição que a encomendou.

“Em atendimento à decisão estratégica de maximizar o alinhamento de toda ação de publicidade do Poder Executivo federal, comunicamos que a partir desta data o conteúdo de todas as ações publicitárias, inclusive de natureza mercadológica (…) deverá ser submetido para conformidade prévia da Secom [Secretaria de Comunicação da Presidência]”, diz o texto do e-mail, assinado por Glen Lopes Valente, secretário de Publicidade e Promoção da Secom.

É de natureza mercadológica o comercial que o Banco do Brasil tirou das rádios e televisões depois de uma determinação do presidente Jair Bolsonaro.

A peça, feita para aproximar o banco das novas gerações de potenciais clientes, valorizava a diversidade, com atores brancos, negros, homens, mulheres, de cabelos pintados e com tatuagens.

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou ao colunista do jornal “O Globo”, Lauro Jardim, que ele e Bolsonaro concordaram que o filme deveria ser recolhido e disse que não viu a peça publicitária previamente.

A exibição do comercial também provocou a queda do diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil, Delano Valentim.

Em nota, o BB informou que a campanha foi retirada do ar porque faltaram outros perfis de jovens brasileiros que o banco busca alcançar com suas campanhas de publicidade.

O líder do Cidadania na Câmara, deputado Daniel Coelho (PE), criticou a centralização. Em nota, o deputado classificou a medida como “uma obsessão por aquilo que é lateral e esquecimento do que é essencial”.

 

G1

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