Na nota, o MDB trata a denúncia como “calúnia deslavada” e informa que a filha do senador assinava ponto no escritório de Vitalzinho na Paraíba.
O MDB diz ainda que ela pediu exoneração quando Lira assumiu a titularidade do mandato, em 2014, para cursar faculdade de Medicina.
A informação não combina com as revelações de Lira, que teria – segundo disse – providenciado a exoneração da filha de Maranhão constatar que ela nunca havia prestado “uma hora sequer de serviço” nos quatro anos em que recebeu salários acima de R$ 13 mil reais mensais.
Pelos cálculos de Lira, Maria Alice recebeu quase R$ 700 mil.
Defesa tucana
O senador Cássio Cunha Lima também saiu em defesa do colega José Maranhão informando que é prática comum – e legal – manter funcionários do Senado nos escritórios de origem dos parlamentares.
O tucano disse que ele próprio tem servidores no Estado, onde assinam livro de ponto comprovando a prestação do serviço.
O senador Raimundo Lira “cometeu mais um deslize na sua carreira ao atacar covardemente a filha do senador José Maranhão quando atribuiu ilegalidade inexistente de prestar assessoria do então senador Vital Filho tanto que respondia a Ponto Eletrônico provando seu trabalho lícito”.
Foi o que afirmou em Nota a assessoria do senador e presidente do MDB acrescentando que ela recusou a nomeação pelo senador Raimundo Lira quando este assumiu no lugar de Vital por se afastar para ascender ao Tribunal de Contas da União.
A Assessoria informou que ela assinava Ponto Eletrônico quando residiu em Brasília e Livro de Ponto ao passar a exercer as atividades no gabinete do senador na Paraíba.
A Assessoria garantiu ainda que “o próprio senador Maranhão determinou ao senador Lira que não a mantivesse no cargo, portanto, a exonerasse apesar da nomeação proposta porque ela, agora, iria estudar medicina e não poderia mais continuar na assessoria e tomara a decisão de sair do cargo”.
Adriana Bezerra