Com um histórico de cidade com maior acirramento político, Campina Grande tem tido, desde 2004 , a necessidade de pedir o reforço das Tropas Federais durante as eleições. E este ano não será diferente. O pedido da Justiça Eleitoral paraibana já foi inclusive feito para que o padrão se repita nesse pleito. A Polícia Militar garante que tem como cuidar da segurança, mas acredita que ajuda é sempre bem vinda.
E foi para definir essas estratégias de segurança na cidade que vários órgãos se reuniram na tarde desta quinta-feira (19). O juiz Horácio Ferreira, responsável pela propaganda eleitoral de rua, explicou que a antecipação do pedido de Tropas Federais se deu justamente pela convocação da Justiça Eleitoral para que os magistrados se manifestassem a respeito.
“O pedido se deve ao fato do próprio Tribunal, antecipadamente, ter solicitado a nós juízes que nos manifestássemos acerca de tropas. E como temos um histórico de tropas aqui em Campina Grande em todas as eleições, desde 2004, achamos por bem já inserir esse pedido. Obviamente, sem desmerecer o trabalho da Polícia Militar, Campina Grande é uma eleição historicamente acirrada, tomamos a medida de pedir”, enfatizou o juiz.
O juiz que deve ficar responsável pela propaganda de mídia na cidade é Falkandre de Sousa Queiroz, que também previu a necessidade do reforço na segurança. “Não é uma questão de ser a favor ou contra e sim de necessidade. As últimas eleições em Campina Grande e no estado foram tranquilas, então a gente tem visto que tanto candidatos como eleitores têm ganhado experiência. E, sabendo da importância do voto, esperamos que as regras traçadas sejam cumpridas. Sendo feito isso, temos certeza que teremos um pleito tranquilo””, acrescentou.
Polícia Militar garante reforço
O comandante da Polícia Militar em Campina Grande, coronel Almeida Martins, garantiu que a tropa estadual será utilizada com sua força máxima, mas ressaltou que não se opõe ao reforço das Tropas Federais, caso a Justiça Eleitoral, entenda ser necessário usar o Exército durante o pleito.
“Acredito que a Polícia Militar tem demonstrado o seu aporte legal em todas as eleições e estaremos dentro de uma linha de planejamento estratégico lançado 100% do efetivo. E se as forças armadas chegarem para exercer o seu papel não resta dúvida, vou falar até como cidadão, é uma força a mais. Não estou dizendo que a PM não fará seu trabalho na sua pontencialidade completa, a PM dá conta dos serviços sem as tropas, mas a decisão será do colegiado. Posso garantir à população que a PM, isenta como deve ser, vai exercer seu papel de cidadania do pleno exercício da manutenção da ordem pública e da paz social”, assegurou coronel Almeida.
A reunião
Além de juízes eleitorais, participaram do encontro de planejamento Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Eleitoral e representantes das instituições que coordenam o trânsito da Rainha da Borborema como a Superintendência de Trânsito e Transportes (STTP) e a Companhia de Polícia de Trânsito (CPTran).
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