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ABRIU A BRECHA: A partir de hoje deputados poderão trocar de partidos; PL e PP são os mais cotados para receber novos filiados

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A partir desta quinta-feira (3), deputados federais e estaduais estão autorizados a mudar de partido sem sofrer qualquer punição. A janela partidária seguirá até o dia 1º de abril. A tendência é que duas legendas do centrão, que agora são bolsonaristas, o PL e o PP, sejam as mais beneficiadas.

Entre os partidos dos presidenciáveis à Presidência neste ano, o PL é a sigla que mais deve ampliar o número de cadeiras na Câmara dos Deputados. Atualmente, a legenda do presidente Jair Bolsonaro tem 42 deputados em exercício. A estimativa, segundo interlocutores de Valdemar Costa Neto, presidente do partido, é que a bancada alcance a marca de aproximadamente 65 parlamentares o prazo final.

Os novatos seriam os deputados bolsonaristas da ala ideológica do antigo PSL – e atual União Brasil – como as deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis – e outros admiradores de Bolsonaro. Além das rusgas entre o grupo e o deputado Luciano Bivar (União-PE), presidente da nova sigla (fusão de PSL com DEM), o principal motivo é a ida do presidente ao partido. Com isso, o União Brasil, que passou a ser a maior sigla da Casa com 78 congressistas, deverá perder alguns filiados e reunir entre 55 e 60 deputados.

Aliados do presidente da República também deverão migrar para o PP (que reúne 43 deputados), sob articulação do ministro da Casa Civil e presidente da legenda, Ciro Nogueira. Este é o caso da ministra da Agricultura, a deputada federal licenciada Tereza Cristina, que deixará o União Brasil. A filiação deverá ocorrer no próximo dia 20 de março. Ela é cotada para ocupar a vaga de vice na chapa de Bolsonaro ou concorrer ao Senado por seu estado, o Mato Grosso do Sul.

O Podemos (com 11 deputados), o PSD (37), o PSDB (31) e o MDB (34), por sua vez, devem manter basicamente o mesmo tamanho, com poucas oscilações. Os partidos ainda discutem formalizar federações e coligações para o pleito deste ano e encontrar um nome em comum para a terceira via em oposição a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas.

Hoje, a segunda maior bancada da Câmara é a do PT. Partido do principal adversário de Bolsonaro, Lula, a bancada não deve sofrer grandes alterações e deve permanecer com pouco mais de 50 parlamentares. O mesmo caso não ocorre com o PDT, legenda do pré-candidato Ciro Gomes. A estimativa é que cinco parlamentares deixem as hostes pedetistas: Marlon Santos (RS), Flávio Nogueira (PI), subtenente Gonzaga (MG), Túlio Gadelha (PE) e Alex Santana (BA).

CNN

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