De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba, o ex-governador Ricardo Coutinho foi um dos chefes da organização criminosa que desviou milhões dos cofres publicos estaduais através de contratos fraudulentos com OSs.
Segundo a decisão que levou aos mandados de prisão cumpridos nesta terça-feira (17), Coutinho, eleito por dois mandatos (2010 e 2014), conseguiu manter grande parte do staff da empresa criminosa na gestão administrativa do Estado, sendo o responsável direto tanto pela tomada de decisão dentro da Orcrim quanto pelos métodos de arrecadação de propina, divisão e aplicação.
“Ricardo é o chefe da ORCRIM formada no Estado para desviar verbas de diversos setores a fim de fomentar e manutenir a organização criminosa”, diz trecho. Como o ex-governador se encontra fora do país, com o pedido de prisão preventiva, foi solicitada a inclusão do nome de Ricardo na difusão vermelha da Interpol.
Denominada de ‘Juízo Final’, a sétima fase da Operação Calvário apura desvio de R$ 134,2 milhões de recursos públicos destinados aos serviços de saúde na Paraíba por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos. As investigações apontam que, do montante desviado, R$ 120 milhões teria sido usado para financiar campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.
Confira parte da decisão:
Redação Bastidores da Política PB