O deputado federal paraibano Luiz Couto demonstrou indignação por causa da proibição a Juan Grabois, Consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, órgão integrado em 2016 ao Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que tentou fazer uma visita religiosa a Luiz Inácio Lula da Silva, preso político há mais de 60 dias.
“A causa do impedimento é uma perseguição política caluniosa contra Lula. Nem o advogado e conselheiro pode mais visitar o nosso Presidente. A nova República de Curitiba está cada vez mais seletiva e imoral, trabalhando para destruir a imagem de um condenado pelo sistema político, jurídico e midiático”, disse Luiz.
O parlamentar ainda citou, sobre a situação de Lula, as palavras do Papa Francisco proferidas no dia 17 de maio, na santa missa: “Criam-se condições obscuras para condenar uma pessoa. A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas. Depois chega a Justiça, as condena, e no final, se faz um golpe de Estado”.
Para Couto, na atualidade, o Brasil está invadido por um sentimento hostil de calúnias. Grabois, por sua vez, afirmou, em entrevista, após a negativa para visitar Lula, que estava muito preocupado com a situação: “Estamos diante de um claro caso de perseguição política, onde há uma deterioração da democracia no Brasil. Esta inexplicável negativa a permitir uma visita que estava programada de antemão é parte também de um processo de degradação das instituições não somente no Brasil, mas nos países da América Latina”.
Couto encerrou seu discurso reiterando seu nojo com os desmandos que vêm ocorrendo no país desde o golpe de 2016 que retirou uma presidenta do Poder, por meio de um golpe político, midiático e jurídico. “Na época muitos gritaram nos microfones deste plenário pelas famílias, pelos amigos, pelos avós, mas agora a quem querem honrar? O país está atolado em problemas. Cada dia é um novo golpe. E a República de Curitiba é a responsável por isso. Esta é a maior recessão pela qual passa o Brasil, aprofundada por um governo ilegítimo mediante a intensificação das políticas de austeridade e seguida do mais lento ciclo de retomada da história. Minha solidariedade ao advogado e ex-consultor do Papa, Juan Grabois, e meus agradecimentos pelo trabalho que vem realizando diante do Conselho de Justiça e Paz”.