O vereador Netinho Policarpo (PROS), da cidade de Soledade, garantiu nesta sexta-feira (8) que tem provas de que sua irmã e seu cunhado planejaram seu sequestro, ocorrido no dia 27 de dezembro de 2016, onde ele afirma ter passado mais de quatro horas nas mãos dos sequestradores para que renunciasse o mandato. O parlamentar foi raptado por volta das 23h daquela noite na casa de uma amiga.
De acordo com o vereador o sequestro aconteceu poucos dias antes dele tomar posse na Câmara dos Vereadores do município. “A minha principal suspeita sempre foi do meu suplente, que por sinal é meu cunhado, esposo da minha irmã. Infelizmente tenho essa irmã envolvida no tráfico na cidade. Ela já foi presa, em 2017, durante a Operação Narcos”, explica.
Ainda de acordo com o parlamentar, quando a polícia prendeu Cristiane Marinho Vasconcelos durante a Operação Narcos, e realizou perícia no seu aparelho celular, encontrou conversas entre ela e um presidiário do PB1 tramando a morte do vereador Netinho para que seu marido, Márcio de Souto Vaconcelos, assumisse o seu lugar na Câmara.
A mulher foi presa acusada de ser chefe de tráfico, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) libera presas que tenham filhos menores de 12 anos para cumprir pena em casa. Segundo o parlamentar, ela ainda vai ser julgada por diversos outros crimes, além do sequestro.
Diploma Falso – Entenda o caso
Em 2017, o ex-vereador Márcio de Souto Marques e os atuais vereadores Wellington di Karlos (Leleto) e Netinho de Joaninha ingressaram com uma notícia crime requerendo à Polícia Federal e ao Ministério Público da Paraíba que procedessem com uma investigação, no sentido de constatar uma eventual fraude documental, envolvendo diploma de graduação em Pedagogia e Diploma de especialização em Psicopedagogia Institucional e Clínica supostamente cometida pelo ex secretário de educação, vereador e atual servidor público da Prefeitura de Soledade, Policarpo Neto (Netinho), para ser contratado pelo município no último concurso realizado.
Segundo os denunciantes, ‘’são vários os indícios de fraudes nos diplomas fabricados pelo vereador a exemplo de palavras femininas e inserção do seu nome. Da mesma forma, nota-se a forma grosseira de falsificação na data de nascimento, na nacionalidade, RG, na assinatura dele e na palavra diplomado’’.
Caso confirmado o crime, o vereador Policarpo Neto (Netinho), além de já ter feito uma mea culpa com o pedido de exoneração, também poderá perder o mandato parlamentar, por este ter, possivelmente, cometido ato ilícito tipificado pela fraude documental, o que destoa do perfil esperado de um parlamentar pela sociedade que ele representa.
Redação Bastidores da Política PB com Blog do Marcio Rangel