Com três pré-candidaturas consolidadas ao Governo do Estado – João Azevedo, Lucélio Cartaxo e José Maranhão -, os grupos já se articulam para fecharem chapa com nomes e partidos que possibilitem além de tempo de televisão, condições de vitória. Em comum entre as postulações, a intenção de ter um ou uma vice com atuação política em Campina Grande, para ‘abraçar’ todas as região da Paraíba.
João Azevedo, pré-candidato do PSB, deverá ter em sua base cerca de 20 partidos, os principais deles são PT, PTB e DEM, pois possuem estrutura partidária e nomes para compor em uma das vagas para o Senado, a primeira delas está reservada para o deputado Veneziano Vital (PSB) e a segunda deverá ser oferecida a uma liderança do Sertão. A vice-governadoria, por sua vez, deverá ser dada estrategicamente a um nome de Campina, podendo ser o empresário Arthur Bolinha (PPS), ou alguém da família Ribeiro que demonstra insatisfação com a oposição ou até mesmo um nome do clã Vital, Ana Cláudia Vital (Podemos), esposa de Veneziano ou a mãe do parlamentar, Nilda Gondim, o que é um possibilidade remota devido a candidatura de Vené a senador.
Manter a atual vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) no posto estava em pauta entre os socialistas, mas após a decisão do governador Ricardo Coutinho (PSB) em permanecer no mandato, não passando o Executivo Estadual para ela, a relação entre ambos sofreu abalos, tanto que a médica e empresária campinense foi lançada pela cúpula nacional do PDT, candidata a governadora, pré-candidatura que ainda não foi confirmada por ela.
O irmão do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, Lucélio do Partido Verde (PV), lançado no último final de semana como candidato a governador, assim como o PSB, trabalha para ter na sua chapa um nome da Rainha da Borborema, a primeira-dama da cidade, Micheline Rodrigues (PSDB), figura entre as possibilidades do grupo e conta com o aval de seu esposo, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB). A presidente da Câmara Municipal, Ivonete Ludgério (PSD) e o deputado Tovar Correia Lima (PSDB) também são lembrados para a vaga.
A chapa liderada por Lucélio já tem um nome certo de Campina, o do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) que buscará a reeleição. O senador Raimundo Lira do PSD, embora seja do Sertão, possui influência na cidade, deste modo, a chapa da oposição com PV, PSDB e PSD terá que oferecer outros espaços, como as suplências, para lideranças de outras localidades.
Outro candidatura da oposição, a do hoje senador e ex-governador José Maranhão (MDB), que buscará mais uma vez comandar o Governo Estadual no pleito deste ano, também se movimenta com o intuito de fortalecer sua chapa, buscando um nome da região de Campina. O ex-secretário de Juventude da Paraíba e ex-candidato a vice-prefeito da cidade em 2012, Bruno Roberto (PR), filho do deputado federal Wellington Roberto (PR), aparece como forte candidato ao posto de vice-governador na composição com o MDB. Em paralelo, Maranhão mantém contatos com o PSC do grupo Gadelha e o PP da família Ribeiro.
Sem ter um candidato a governador com origem em Campina Grande, restará a cidade compor indicando os vices das chapas. Em 2010, a cidade foi representada por Rômulo Gouveia – na época filiado ao PSDB – como parceiro de Ricardo Coutinho e em 2014, o governador mais uma vez optou por nome do município, Lígia Feliciano.
Até o dia 15 de agosto, prazo final para oficialização das candidaturas e realização das convenções, PSB, PV e MDB conversarão bastante com seus aliados para formarem uma chapa com nomes que representem as região da Paraíba de modo que tais candidaturas – vice-governador (a), senador (a) e suplentes – sejam revertidas em votos, o maior objetivo dos três.
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