A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quinta-feira (21) o inquérito que investigava a atuação de uma organização criminosa acusada de tentar impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice, Geraldo Alckmin, em 2022. O grupo teria atuado de forma coordenada para barrar a transição de governo após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Em nota oficial, a PF confirmou o envio do relatório final ao Supremo Tribunal Federal (STF). Sem mencionar nomes, a corporação informou que 37 pessoas foram indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e participação em organização criminosa.
Conforme detalhado pela PF, as provas foram obtidas ao longo de quase dois anos de investigação, com base em medidas autorizadas pela Justiça, como quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, colaborações premiadas, buscas e apreensões, entre outras diligências.
As apurações identificaram que os suspeitos atuavam com divisão de tarefas, permitindo a individualização das condutas. Foram mapeados ao menos seis núcleos de atuação: Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; Incitação de Militares para Aderirem ao Golpe; Jurídico; Operacional de Apoio às Ações Golpistas; Inteligência Paralela; e Operacional para Execução de Medidas Coercitivas.
“Com a entrega do relatório, a Polícia Federal conclui as investigações relacionadas às tentativas de golpe de Estado e à abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, declarou a corporação.
