A quantidade de multas a condutores de veículos e motocicletas foi o tema do pronunciamento do vereador Carlão (PL) nesta quinta-feira (5), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Para ele, não é justo cobrar multas tão altas a trabalhadores que se esforçam para ganhar tão pouco. “A máquina e a indústria da multa é violenta contra o trabalhador”, disse.
De acordo com o parlamentar, muitos motoboys que trabalham no serviço de delivery receberam multas quase que equivalentes ao valor de seu salário. Ele propôs: “Será que não seria mais justo fazer uma conscientização com a população de João Pessoa? Porque o estado, a Prefeitura, têm a caneta pesada e jogam nas costas do trabalhador quase R$ 1.000 de multa”.
Carlão ainda argumentou: “Tem que mudar a figura do gestor que só cobra multa. A gente sofre com o trabalhador que não tem como pagar. Não podemos transformar João Pessoa em uma indústria de multas. O que eu queria era que todas as faixas de pedestres estivessem pintadas, que a política de educação no trânsito funcionasse sem ter que sangrar o dinheiro do trabalhador. Não venham me dizer que isso tudo é para a educação da pessoa no trânsito. A intenção é a prefeitura ficar com o seu dinheiro para cobrir contratações ou fazer remanejamentos. A política de educação no trânsito não acontece só dando multa e tirando o dinheiro do povo”.
O vereador Marcos Henriques (PT) disse que essa é uma pauta oportuna. “Como se já não bastasse o IPTU que foi cobrado com um acréscimo muito maior que qualquer reajuste de qualquer trabalhador! Ao emplacar o seu carro, o cidadão tem um surto com todas aquelas multas sendo cobradas. Seria muito bom que a prefeitura reavaliasse essas multas”.
Carlão, então, concluiu: “Espero que a prefeitura aja com humanidade e anule essas multas”.