A cristofobia foi o tema do pronunciamento do vereador Carlão (PL) na tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), nesta quinta-feira (23). Ele se disse preocupado com o avanço da discriminação a pessoas que professam a fé cristã.
O parlamentar informou que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido mundialmente e que um em cada oito deles sofrem com isso, de acordo com relatório da Open Doors. “O que me assusta é que essa perseguição vem entrando aos poucos na nossa cidade, estado, no Brasil. Na Coreia do Norte, os cristãos são considerados inimigos. Isso também acontece na Nigéria (…). Extremistas atacam igrejas, quebram altares e muitos são mortos ou feridos”.
Segundo Carlão, estudos indicam que, enquanto em alguns países os cristãos são visto positivamente pela maior parte da população, em outros, são vistos como ameaça à identidade nacional: “Porque cristão não está para servir ideologia, está para servir a Cristo. E esse é o medo do estado. Não queremos um estado que tome conta das nossas crianças, das nossas vidas pessoais, mas, que nos deixe adorar ao nosso Deus”.
O parlamentar também falou das perseguições na Nicarágua, com o governo Ortega, e mencionou a proximidade do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ele: “Na Nicarágua, um padre católico foi detido após celebrar missa. A polícia da Nicarágua proibiu a procissão católica. O presidente da Nicarágua é Ortega e quem é amigo dele? Lula”. “Lá, falar de Cristo é ofensivo. (…) Ele expulsou desse país freiras, mulheres que construíram creches, que foram abusadas, que acolhiam um povo sofrido. Existe cristofobia, sim, e a gente precisa estar preparado para isso”, continuou. “Por que essa Casa não pode ter mais no seu estatuto expressamente a leitura do texto bíblico? Por que em Minas Gerais, nas escolas, não pode mais falar ‘se Deus quiser’? Porque um promotor entendeu que não pode falar de Cristo. E as crianças vão ter o que como referência?”, questionou.
Carlão contou que ver igrejas católicas pichadas e depredadas o assusta. E, por fim, afirmou: “O afastamento de Cristo do estado é para que o estado continue sendo opressor, controlador. Isso não pode chegar aqui”.