O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser preso após a realização de uma missa, nesta manhã, em São Bernardo do Campo (SP), em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia; segundo fontes da Polícia Federal, a defesa de Lula estaria negociando a prisão, mas movimentos sociais pretendem impedir que Lula seja retirado do sindicato e levado a Curitiba; juristas, como o professor Pedro Serrano, da PUC-SP, consideram ilegal e até mesmo inexistente a ordem de prisão; segundo familiares de Lula, Marisa Letícia foi assassinada pela Lava Jato.
Fontes ligadas à Polícia Federal confirmaram reservadamente os termos e o andamento das conversas. Ainda assim, a definição da data e do local da prisão foram adiados para hoje. Até o fim do diálogo, a PF garante que não fará investidas para prender Lula, tampouco o petista deverá se entregar.
A missa em homenagem à Marisa Letícia será celebrada por Dom Angélico Bernardino na manhã deste sábado, no próprio Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Morta no ano passado, Marisa completaria 68 anos no sábado.
“A defesa de Lula questiona a decretação da prisão antes que os advogados pudessem apresentar seus últimos recursos – os chamados “embargos dos embargos” no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Com essa argumentação, o defensor Cristiano Zanin Martins entrou com novos pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar a detenção do ex-presidente.
O juiz federal Sergio Moro havia definido esta sexta-feira como o dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria se apresentar à Polícia Federal e, assim, começar a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas uma estratégia do petista acabou por alterar o script traçado pelo magistrado, estendendo para o final de semana o imbróglio sobre a situação do político”.
Brasil 247