O jovem deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) vem defendendo com unhas e dentes a diminuição dos gastos públicos durante o seu mandato e os números vêm comprovando sua militância em relação ao tema. Dos 12 deputados federais em exercício, Pedro foi o que menos gastou no ano passado (R$ 297.550,47) e seu mandato figura entre os mais econômicos quando junta-se todos os anos (R$ 799.762,92).
Em contra partida, porém ainda dentro da mesma sigla, o deputado federal Rômulo Gouveia (PSDB) não quer saber de economia. Sendo o mais gastador da bancada paraibana na Câmara Federal, Rômulo gastou no ano passado um total de R$ 541.454,14. Quando juntamos os gastos de todo o mandato, os números chegam a um montante de R$ 1.614.710,78, sendo a maior parte usada com passagens aéreas e combustíveis.
Logo após Rômulo e com gastos também altos em seus mandatos na Câmara Federal vêm Wilson Filho (PTB), Wellington Roberto (PR) e Efraim Filho (DEM). Já seguindo a linha de Pedro Cunha Lima, entre os mais econômicos estão os deputados Luiz Couto (PT) e André Amaral (PMDB), este último tendo menos gastos que Pedro quando soma todo o mandato, cerca de R$ 759.624,35.
OPS
Os dados foram colhidos através da Operação Política Supervisionada (OPS), ONG criada pelo ativista Lúcio Big com objetivo de fiscalizar os gastos com o dinheiro público, sobretudo da verba indenizatória dos deputados federais e senadores. Atualmente a operação conta com mais de 4 mil colaboradores. Todo o trabalho é feito de maneira voluntária, levantando dados de gastos com a Cota Parlamentar e cruzando com os dados da Receita Federal.
Desde o início, em 2013, a ONG já denunciou no TCU e no MPF cerca de 70 parlamentares e provocou até o momento uma economia de R$ 5.756.182,45 milhões de dinheiro público.
Redação Bastidores da Política