Nos últimos dias, há uma movimentação nas redes sociais de a respeito de uma possível composição do PDT com a Rede para fazer de Marina Silva a candidata a vice na chapa pedetista.
Uma possibilidade que faz espuma nas redes, mas na bancada federal do PDT a discussão é outra: a crise na campanha de Ciro.
Parte expressiva dos deputados tem hoje outra preocupação. Avaliam que a candidatura de Ciro empacou, não cresce nas pesquisas e eles temem não se reelegerem.
Carlos Lupi, presidente do PDT, é constantemente abordado pelos deputados com essa inquietação. E para todos repete que o partido vai com Ciro até outubro e acredita que a candidatura deslanche.
Uma eventual aliança com Marina Silva não é vista como solução para furar a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. Diz um deputado:
— Não é algo que entusiasme a bancada.
Complementa outro parlamentar:
— Parece um abraço de afogados.
Há um consenso na bancada que março é um mês fundamental para a candidatura. Se até lá, o ponteiro das pesquisas não sorrir para Ciro, alguns deputados podem sair da legenda. Ou, numa situação mais drástica, a bancada pode pressionar Ciro para que ele desista — neste caso, o PDT cairia nos braços de Lula.