Pelo Twitter, o petista escreveu que Ciro e seu irmão, o senador Cid Gomes, “tiveram suas casas invadidas sem necessidade” e ” sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois”. Lula já havia defendido o adversário mais cedo em entrevista à Rádio Clube, de Santa Catarina.
“Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados”, escreveu Lula.
Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados.
— Lula (@LulaOficial) December 15, 2021
Em resposta, Ciro compartilhou a publicação de Lula e o agradeceu pelo apoio. O pré-candidato pedetista aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL):
“O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei”.
Demais políticos também comentaram a ação, que também determinou a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico Ciro e Cid Gomes. O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), expressou seu respeito aos dois irmãos, que também já governaram o estado nordestino, e os chamou de “pessoas íntegras que já prestaram e continuam prestando relevantes serviços para o Ceará e para o Brasil”.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), disse não ver “razão para medidas coercitivas decretadas, entre as quais busca e apreensão para apurar fatos supostamente ocorridos há 8 anos”. O chefe do Executivo maranhense completou: “Investigações podem ocorrer, mas sempre observando as garantias legais”.
Após a operação, Ciro deu uma entrevista ao apresentador José Luiz Datena para se defender das acusações de corrupção nas obras do Castelão, feitas durante a gestão de Cid Gomes no governo Cearense. A suspeita da PF é que houve “exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras no estádio” entre os anos de 2010 e 2013. A investigação aponta indícios do pagamento de R$ 11 milhões em propina, por meio de dinheiro vivo ou doações oficiais.
Ao jornalista, o pedetista criticou a Polícia Federal alegando que a corporação tem agido sob influência de Bolsonaro. O deputado federal Rodrigo Maia (sem partido-RJ), ex-presidente da Câmara e desafeto do presidente, chamou a entrevista de Ciro de “esclarecedora”.
Aliados do presidente, por sua vez, atacaram Ciro Gomes. O deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ) rebateu a acusação de que Bolsonaro tenha enviado a PF para incriminar o pré-candidato pedetista.
“O curioso é que, quando há investigações da PF contra o presidente e seus apoiadores, eles aplaudem e não fazem esse tipo de acusação”, escreveu Jordy.