A Câmara de Bayeux promoveu, nesta quinta-feira (21), uma audiência pública com o objetivo de discutir o retorno das aulas no município, a evasão escolar e demais problemáticas. A sessão foi uma proposição da vereadora França (PL), que presidiu os trabalhos. A mesa da sessão também foi composta pelo vereador Nildo da Casa Branca (PTB), pelo secretário de Educação do Município, José Figueiredo, conhecido como Gegê, e pelo representante do Conselho Municipal de Educação, João Batista de Oliveira.
A vereadora iniciou a audiência falando sobre a importância da educação e informando que a análise do grau de escolarização da população brasileira mostra que em apenas 19 cidades a população possui um índice que corresponde às oito séries do ensino fundamental. Ainda de acordo com França, a taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais, em 2019, foi de 16,1%, a maior do Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Trazendo essa pauta para a nossa cidade de Bayeux, esse índice não fica atrás, com 15,5% dos moradores sem escolaridade devida, isso no ano de 2019. Para que possamos resolver esse problema em nossa cidade precisamos de uma mudança metodológica. A escola precisa estimular a interpretação, o raciocínio, procura por solução de problemas e oferecer uma estrutura pedagógica diferenciada. O essencial em nossas vidas começa pela educação, nós sabemos”, disse França.
Ao decorrer da sessão, que contou com a presença de representantes técnicos do setor e da sociedade civil organizada, os oradores comentaram as dificuldades encontradas no dia a dia e apresentaram o plano estratégico para o retorno das atividades presenciais elaborado pela Rede Municipal. “No início do ano a gente fez o processo de avaliação diagnóstica para ter um raio-x da rede, tendo em vista que passou-se um ano sem aulas presenciais, apenas de aula remota. Fizemos uma avaliação para os anos iniciais e para os finais um simulado, por área de conhecimento, o que nos deu a ideia do déficit e o processo de intervenção que vamos usar em cada unidade”, informou Túlio, coordenador pedagógico do município.
O engenheiro da Secretaria de Educação, Gabriel, apresentou o plano de manutenção e recuperação das unidades escolares de Bayeux. “Todas as unidades irão passar por manutenção e reforma. Temos alguns serviços já realizados e vamos seguir com o plano durante essa volta às aulas. As reformas estão sendo realizadas pela equipe de manutenção da secretaria”, informou, ao mostrar para os presentes as mudanças estruturais já realizadas em creches da cidade.
“Existem vários problemas em todo país. Acredito que não exista nenhuma cidade piloto nem modelo. Essa pandemia é uma situação completamente atípica, então todas as cidades estão passando por um processo de reavaliação de como está a nossa educação, e nós temos que escutar os técnicos, que são eles que entendem sobre essa volta às aulas. Nós enquanto legisladores estamos acompanhando, fiscalizando, fazendo com que todas as sugestões que foram dadas aqui hoje saiam do papel e não fiquem apenas na audiência”, falou o vereador Nildo da Casa Branca.
Nas considerações finais, o secretário de Educação, Gegê, agradeceu à Casa Severaque Dionísio e a todos os vereadores que possibilitaram a oportunidade de discutir a problemática que atinge a população. “Agradeço a todos que participaram e quero dizer novamente: para construir uma educação boa e de qualidade, é preciso que haja mais discussão, porque é discutindo, respeitando os limites do outro, que a gente pode avançar. Então, vamos avançar, porque Bayeux merece, nossas crianças merecem e os nossos jovens merecem”, finalizou.
