A Câmara Municipal de Bayeux promoveu, na noite desta sexta-feira (29), uma Sessão Especial em alusão ao Outubro Rosa com o objetivo de discutir a prevenção ao câncer de mama e ações de combate à doença no município. A audiência foi proposta pela vereadora Rosiene Sarinho (PP), que também presidiu a mesa de debates. Compondo a mesa também estiveram ao lado da parlamentar a vereadora França (PL), a médica Débora Cavalcanti, a ex-vereadora Glorinha do Cartório, primeira parlamentar mulher da Casa Severaque Dionísio e também da Paraíba, além do fisioterapeuta Washigton, representante da Organização de Apoio, Combate e Defesa de Mulheres Contra o Câncer de Mama.
O evento iniciou com uma apresentação teatral realizada pela líder do grupo Mãos que Acolhem, Celinha, que também contou um pouco da sua história de vida e sobre como transformou os desafios em auxílio ao próximo. Ao final, também foi feito um sorteio de brindes entre as pessoas presentes. Os kits foram uma doação do secretário de Administração, Hermesson Fernandes, e sua esposa Thelma. A vereadora Rosiene agradeceu a todos os presentes e também a oportunidade de estar encerrando a campanha ao lado dos profissionais que estavam presentes na Câmara, tendo a oportunidade de falar sobre a doença que atinge tantas mulheres e podendo alertar sobre a importância da prevenção.
“Eu nasci nesta cidade. A minha raiz está encravada aqui e eu amo o meu povo. O Outubro Rosa é um evento maravilhoso para cada uma de nós. É um incentivo para que nós, mulheres, não venhamos no amanhã sentir a necessidade de tirar uma mama. Tenho algumas amigas que já fizeram o procedimento e nós sabemos o quanto é difícil, por isso, mulheres, cuidem da saúde. Eu na minha idade não tomo nenhum medicamento, isso porque eu cuido da minha mente, do meu corpo e da minha saúde. Nós precisamos cuidar de nós”, alertou a ex-vereadora Glorinha, primeira a subir na tribuna. Na Casa também estavam presentes representantes do Poder Executivo, da secretaria da Mulher, familiares dos vereadores da Casa, a vereadora Isabel Christina, de Santa Rita e representantes do gabinete do deputado João Gonçalves.
A vereadora França usou sua fala para informar que o diagnóstico do câncer precocemente aumenta significativamente as chances de cura. “95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura, por isso a mamografia é importante, sendo o principal método para o rastreamento da doença. O objetivo fundamental do autoexame é fazer com que a mulher conheça detalhadamente as suas mamas, o que facilita a percepção de quaisquer alterações, como pequenos nódulos nas mamas e axilas, saídas de secreções pelos mamilos, mudança de cor da pele, retrações e etc, além de assegurar uma vida saudável e bem estar para todas e todos. Em todas as idades, prevenir é sempre a melhor medida”, falou França.
Representante da Ong OACD Mama, o fisioterapeuta Washigton Lucena falou tecnicamente da importância da fisioterapia no pós-operatório do câncer. De acordo Washigton, esse tratamento é imprescindível para a recuperação do paciente. “Nossa Ong oferece esse serviço de fisioterapia. Eu gostaria de poder oferecer muito mais como as de João Pessoa, mas já é o começo, então, divulguem o nosso trabalho, porque queremos crescer e ajudar cada vez mais”, falou. Ainda segundo o fisioterapeuta, atualmente a Ong atende 65 mulheres. A voluntária Márcia também foi chamada à tribuna e deu um depoimento representando as mulheres atendidas. “É necessário falar sobre esse tema e, principalmente, ter amor ao próximo”, disse.
A médica Débora Cavalcanti, mastologista do Instituto Nacional do Câncer e segunda vice-presidente do Conselho de Medicina na Paraíba, comemorou o fato de que este ano o Outubro Rosa está mais vivo, após os últimos anos de pandemia. “Fico muito feliz com isso. O câncer é uma divisão celular que acontece fora do controle dentro do nosso organismo e nós podemos diagnosticar tanto apalpando uma lesão, nas fases mais avançadas, mas principalmente fazendo a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos, mesmo sem nenhuma alteração perceptível nas mamas. Já as que têm parentes de primeiro grau diagnosticados com câncer de mama até os 50 anos, devem começar a fazer 10 anos antes da idade que o parente foi acometido. O quanto antes a gente conseguir identificar o câncer, melhor”, ressaltou, e também deu diversos outros alertas.
Para assistir a sessão na íntegra, acesse o canal ‘TV Câmara Bayeux’ no YouTube.
Maryjane Costa
ASCOM