A Executiva Nacional do Cidadania se reuniu nesta terça-feira (26), para debater o cenário político e os rumos do partido com as novas regras eleitorais que permite a federação partidária nas próximas eleições de 2022. Para o vice-presidente nacional do Cidadania, Rubens Bueno, a aliança política com outras legendas, entre elas o PSDB, já está em discussão no partido e deve estar alinhada com as propostas do Cidadania.
“É preciso ter afinidade. Ainda temos as prévias do PSDB. A conversa com os partidos está adiantada, mas precisamos esperar alguns desdobramentos”, destacou Bueno.
Presente na reunião, o governador da Paraíba, João Azevêdo, afirmou que após a decisão do partido será possível traçar estratégias com os estados. “Não vai ser fácil encontrarmos uma modelagem que atenda de forma satisfatória todas as necessidades, como romper a cláusula de desempenho, atrair pessoas que tenham condições de formar chapas com reais chances de sucesso e de como tratar as questões locais. Essa definição do processo é importante para começarmos a articular com os estados”, defendeu.
A articulação da federação para contornar a cláusula de barreira também foi defendida pelo líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Alex Manente (SP). “Além de garantir a sobrevivência do partido, a federação pode dar condições de potencializarmos os candidatos com reais chances, ampliando o número de representantes na Câmara e no Senado”, ressaltou. O vice-líder na Casa, deputado Daniel Coelho (PE), concordou que a medida é fundamental e disse que o Cidadania pode se firmar como um dos partidos mais atrativos do ambiente político. “Precisamos ter clareza sobre em que federação vamos estar. Estamos articulando e logo teremos um sinal de que caminho vamos tomar”, sustentou.
Já a deputada Carmen Zanotto (SC) destacou que “a federação dará um pouco mais de luz na possibilidade de o partido avançar”.
Na ocasião, o prefeito de Macapá, Dr. Furlan, falou da importância de fortalecer o partido. “É fundamental que o Cidadania tome as decisões acertadas e possa crescer. O primeiro passo é pensar na renovação dos mandatos atuais e a federação trouxe essa possibilidade”. Ao final do encontro, o secretário-geral do Cidadania, Davi Zaia, reafirmou a necessidade de construir alianças com foco nas eleições de 2022.
“Estamos de acordo que a federação abre a perspectiva de vencermos a cláusula de barreira. Vamos buscar não só uma nova formação, mas o Brasil que queremos, mais inclusivo, sem preconceito e mais justo. Por isso deve ser bem construída”, ponderou. O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, não participou da reunião para acompanhar o funeral da sua irmã, Ana Maria, em Recife. Todos os membros da Executiva manifestaram profundo pesar pela perda.
O líder do partido no Senado, Alessandro Vieira (SE), e as senadoras Eliziane Gama (MA) e Leila Barros (DF) também não estiveram presentes, em virtude da análise e votação do relatório final da CPI da Pandemia.
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