A candidatura de Lucélio Cartaxo ao governo estadual nas eleições de outubro e, em caso de uma vitória do irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa, seria o mesmo que inviabilizar politicamente Luciano Cartaxo (PV), hoje o preferido da grande maioria dos eleitores da Paraíba, conforme pesquisas de opinião pública.
É legítimo que os aliados lancem o nome de Lucélio para o governo, a exemplo do que vem ocorrendo desde 1 de março, quando o prefeito anunciou à disposição de permanecer na Prefeitura. A partir dai, surgiu a sugestão de substituí-lo por alguém que representasse, de fato, o prefeito da capital.
Portanto, desde então, que não se fala em outra coisa senão no nome de Lucélio. Ele já foi lançado por vários representantes de partidos aliados, inclusive de grandes legendas, a exemplo do PSDB e PSD do deputado federal Rômulo Gouveia, presidente do ex-partido dos “Cartaxo”.
A eleição de Lucélio, em suma, traria na prática a inelegibilidade de Luciano Cartaxo por oito anos. Ou seja, representaria a aposentadoria do prefeito por esse longo período, em caso de consagração de Lucélio nas urnas das eleições deste ano. É o que diz a Constituição Federal em seu Art. 14, parágrafo 7. Vaja abaixo:
“São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.
Portanto…
Blog do Marcone Ferreira