Enquanto Jair Bolsonaro faz acusações sem provas ao processo eleitoral no Brasil e ameaça a realização das eleições em 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) planeja avançar em ações envolvendo a chapa Bolsonaro-Mourão em 2018.
A partir da volta do recesso, em agosto, o TSE analisará as provas compartilhadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) oriundas do inquérito das fake news.
O objetivo da corte eleitoral é cruzar as informações com as apurações do uso indevido de meios de comunicação e do abuso de poder econômico em razão de disparos de mensagem em massa.
Atualmente, tramitam no TSE quatro ações eleitorais, conhecidas como Aije (Ações de Investigação Judicial Eleitoral), envolvendo a chapa Bolsonaro-Mourão. Elas apuram desde o uso fraudulento de nomes e CPFs de idosos para registrar chips de celular e garantir disparos em massa aos eleitores à existência de uma “estrutura piramidal de comunicação” para disseminar desinformação.
As novas provas foram compartilhadas com o TSE a partir de uma decisão proferida em julho pelo ministro Alexandre de Moraes, integrante do STF e da Corte eleitoral. Há indícios de que o material possa ter relação com as eleições passadas. Em função disso, o TSE irá analisar os dados apurados.
O Globo