O secretário de segurança e defesa social da Paraíba (SEDS), Jean Nunes, informou nesta quarta-feira (7) que a secretaria vai investigar todos os casos de agentes de segurança pública que se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19 quando a campanha foi aberta para este público. Em entrevista à TV Cabo Branco, um dia depois da divulgação de que quase 410 policiais militares não tomaram a vacina no estado, ele defendeu a vacinação compulsória para os agentes.
“Até esta sexta-feira (9) a gente finaliza a vacinação desta primeira etapa e daí iremos fazer um estudo mais aprofundado efetivamente daqueles que se recusaram, além das motivações dessa recusa”, disse Jean.
Conforme o secretário, a ideia é diagnosticar a motivação da recusa para saber se os agentes que não se vacinaram fizeram isso por vontade individual ou por algum outro motivo, como estarem contaminados durante o período ou por algum outro motivo.
“Eu defendo que isso seja objeto de uma apuração disciplinar, evidentemente, quando regulamentado, e que precisa-se adotar medidas para lidar com essas situações”, diz Jean.
O titular da SEDS explica que a lei federal 13.979/2020 prevê que gestores públicos e privados podem adotar medidas mais duras para garantir a vacinação de toda a população, e que a vacina compulsória é avaliada pela secretaria.
“A vacinação é uma política pública de saúde coletiva e é fundamental que todos nós tenhamos esta compreensão. Essa política está acima das vontades particulares, dos interesses de um ou de outro, das convicções. Isso é, de fato, preocupante e a gente precisa diagnosticar o porquê dessa recusa, se de fato houve uma justificativa para poder adotar as medidas necessárias”, diz.
As forças de segurança pública compreendem as polícias militar e civil, e o Corpo de Bombeiros, grupos que atuam diretamente com a população. Para Jean, a não vacinação destas pessoas pode comprometer a saúde pública.
“Quando a gente individualmente deixa de se vacinar, colocamos em risco toda uma política de retorno das atividades normais e colocamos em risco àqueles que estão próximos de nós”, completa.
G1