Depois de o Brasil ignorar uma série de ofertas da Pfizer no ano passado, a farmacêutica norte-americana fez um alerta ao governo brasileiro em abril para dar início “no mais curto prazo possível” a negociações para a aquisição de novas doses da vacina contra a Covid-19 para 2022 e 2023.
A sugestão foi feita pelo vice-presidente para política global da Pfizer, Jon Selib, à cônsul-geral do Brasil em Nova York, Maria Nazareth Farani Azevêdo. O alerta surtiu efeito. Dias depois do encontro, o governo fechou novo contrato com a empresa para comprar mais 100 milhões de doses do imunizante.
O relato do encontro está no montante de documentos entregues pelo Ministério das Relações Exteriores à CPI da Pandemia e que perdeu o sigilo na última quarta-feira (16). A correspondência foi enviada pela cônsul-geral ao ministro Carlos Alberto França no dia 28 de abril. Azevêdo diz que recebeu o executivo da Pfizer no dia anterior, atendendo determinação feita pelo chefe do Itamaraty para que as missões diplomáticas e consulados do Brasil no exterior estivessem “cada vez mais engajados numa verdadeira diplomacia da saúde, dada a urgência e prioridade do combate à pandemia da Covid-19”.
CNN