A vacinação de professores e demais profissionais da educação de João Pessoa foi suspensa graças a decisão do desembargador Vladimir Souza Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). De acordo com o vereador Carlão, a notícia é algo triste para a população da Capital e vai impedir que as crianças cheguem à sala de aula, perdendo mais um ano letivo. A declaração foi dada durante a sessão remota da Câmara de João Pessoa, nesta terça-feira (25).
“Temos provas cabais de que a prefeitura vem encaminhando bem com o combate ao coronavírus. O plano nacional de vacinação vem sendo cumprido. Então, não se justifica não vacinar esses professores nem os profissionais de Educação. Isso só vai impedir que as crianças cheguem mais uma vez à sala de aula e com isso percam mais um ano. Essa capacidade cognitiva que essas crianças estão perdendo não vai ser mais recuperada”, lamentou o vereador.
Carlão ainda convocou os demais parlamentares a agirem contra a suspensão, criando uma força conjunta com provas para que os profissionais consigam se imunizar o mais rápido possível. “A vacina é importante para o professor, porque isso vai fazer com que as crianças voltem às aulas, isso vai fazer com que muitas saiam daquela zona de dificuldade das comunidades, que, por vezes, é cercada por violência, por traficantes, por pessoas que as exploram no trabalho e sexualmente. Daí a necessidade dos professores serem imunizados, pelo bem das nossas crianças”, concluiu Carlão.
A decisão do desembargador Vladimir Souza Carvalho foi proferida nessa segunda-feira (24) após o mesmo acatar um agravo de instrumento do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público da Paraíba (MPPB). De acordo com a decisão, “deve pairar em todo o território brasileiro uma uniformização de metas” de vacinação. O desembargador defendeu que não se deve furar a fila do plano nacional, ainda que movido pelas melhores das intenções.
Da Redação