O caso de uma suposta “candidatura laranja” está sendo investigado pelo Ministério Público Eleitoral da Paraíba (MPE), em João Pessoa. Trata-se de uma ex-candidata a vereadora pelo Partido Republicanos, nas eleições municipais de 2020. O MPE instaurou um procedimento para apurar a situação e a candidata tem prazo para se defender.
Marlene Garla Pereira da Silva, de 66 anos, concorreu ao cargo de vereadora no ano passado, mas não obteve nenhum voto, inclusive o dela. No entanto, de acordo com o documento, a denúncia é de que a candidata recebeu recursos financeiros de R$ 6.250,00, que deveriam ser utilizados para “fomentar campanha, em tese, fictícia, com possível apropriação de valores destinados ao financiamento eleitoral em proveito próprio ou alheio”.
O procedimento foi instaurado pela promotora de Justiça, da 1ª Zona Eleitoral em João Pessoa, Jovana Tabosa, que quer saber se a candidata realizou campanha eleitoral, se recebeu dinheiro do fundo partidário e como utilizou. A promotora destaca que é necessário investigar se a “suposta candidatura laranja de Marlene Garla Pereira da Silva para o cargo de Vereador, nas Eleições Municipais de João Pessoa, no ano de 2020, com a única e exclusiva finalidade de cumprir a cota de gênero”.
A cota de gênero está prevista no artigo 10, parágrafo 3°, da Lei n° 9.504/97 que destina 30% às mulheres. O candidata concorreu pelo Partido Republicanos, na – Paraíba. No entanto, Marlene Garla disputou também as eleições de 2012, 2014, 2016 e 2020. Nas duas primeiras não se elegeu e nas duas últimas ficou como suplente, apesar de ter tido zero voto nas eleições do ano passado. O único eleito pela sigla foi o vereador Bispo José Luiz, que pode ser atingido caso se comprove as irregularidades.
Confira o documento: