O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta segunda-feira (29). Ao registrar o momento em uma rede social, ele afirmou: “Fiz minha parte como cidadão consciente”.
Outros membros do governo já foram imunizados na capital federal. No último sábado (27), o ministro Paulo Guedes recebeu a primeira dose. No dia 18 de março, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Augusto Heleno, foi atendido.
Mourão testou positivo para Covid-19 no final do ano passado. O diagnóstico ocorreu em 27 de dezembro. À época, ele cumpriu isolamento no Palácio do Jaburu, residência oficial.
Nas últimas semanas, o vice-presidente questionou algumas medidas de prevenção contra a Covid-19, como o toque de recolher. Para ele, a restrição vai “além da margem da liberdade de manobra” e é preciso uma legislação que “ampare melhor” esse tipo de norma.
Apesar de ser crítico às medidas de restrições, Mourão defendeu no início deste mês que a vacinação “é a única saída” para superar a pandemia (assista abaixo).
Em meio às negociações para a compra de vacinas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já criticou a imunização de recuperados. Em 17 de dezembro, Bolsonaro disse que não tomaria vacina por também já ter contraído o vírus (veja abaixo).
“Eu não vou tomar, alguns falam que eu estou dando um péssimo exemplo. O imbecil, o idiota que está dizendo do péssimo exemplo… Eu já tive o vírus”, disse Bolsonaro à época.
Após a aprovação do uso emergencial da vacina, Bolsonaro afirmou que as doses seriam distribuídas, no entanto, reforçou que “ela tem que ser voluntária”. Para o presidente, “não está nada comprovado cientificamente com essa vacina ainda”.
Nas últimas semanas, o presidente tem enfatizado as iniciativas do governo federal na compra dos imunizantes. Em 10 de março, ele assinou a lei que facilita a compra de vacinas contra a Covid-19.
No entanto, na mesma ocasião, criticou as medidas de isolamento social e defendeu o uso de “tratamento imediato”, como medicamentos sem eficiência comprovada pela ciência contra o novo coronavírus.
G1