O deputado Estadual, Lindolfo Pires (Podemos), apresentou Requerimento solicitando ao Governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), para que inclua os estudantes do último ano de Medicina no grupo de prioritários para receberem a vacina contra a COVID-19, desta forma orientando aos municípios que mantém vínculos com os serviços pactuados com Universidades públicas e privados para assim proceder.
Lindolfo justifica que para se tornar médico o caminho é longo, uma vez que, além de enfrentar uma imensa concorrência para ter acesso ao curso, o aluno se depara com 6 anos de graduação e mais outras etapas exigidas para a sua graduação.
Ainda conforme o deputado, uma dessas etapas é o internato do curso de Medicina com duração de 2 anos, que ocorre nos últimos períodos da graduação, cujo objetivo é oferecer aos alunos uma vivência 100% prática, realizando o atendimento aos pacientes com a supervisão de um médico, que é um professor titular da faculdade. “Essa é uma atividade que funciona como um estágio obrigatório, inclusive, é regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC), onde se exige que, pelo menos, 35% do curso de Medicina devem ser dedicados ao internato.
O internato pode ser realizado em hospitais, unidades básicas de saúde e clínicas credenciadas à instituição de ensino. Serve para o aluno conhecer a rotina de trabalho do médico, uma vez que ele passa por diferentes especialidades. “Além dos atendimentos, o aluno precisa realizar os plantões nas áreas de urgência e emergência. Nesses dias, ele chega a cumprir uma carga de 12 horas de trabalho. Assim, consegue vivenciar os longos expedientes que fazem parte do dia a dia do médico. Apesar de bastante puxado, o internato é uma experiência essencial uma vez que o futuro médico passa a absorver, por meio de casos reais, todo o conhecimento teórico adquirido nos primeiros anos da faculdade”, acrescentou.
Também durante o internato, os alunos trabalham o dia todo em um hospital atendendo a pacientes e realizando plantões, sem que receba qualquer remuneração por esse seu trabalho. O internato é como um estágio não remunerado e que conta como uma atividade do curso de Medicina.
Lindolfo ainda justifica que, embora os Internos sejam estudantes, eles exercem o papel de médicos, sob supervisão, em importantes serviços de saúde à sociedade, permanecendo em contato direto com o povo e demais profissionais da área, arriscando, como os demais profissionais de saúde suas vidas, em defesa da qualidade da saúde dos pacientes, razão pela qual entendemos ser indispensável reconhecer esse fato, na nobre missão de salvar vidas ou melhorar as condições de saúde dos pacientes que chegam aos diversos hospitais, risco bem maior que hoje estão expostos, no enfrentamento da pandemia do coronavírus, sendo indispensável, por uma questão de justiça, que os alunos internos do curso de Medicina também passem a integrar o grupo prioritário dos profissionais da saúde para recebimento da vacina contra a COVID-19