O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira que todas as vacinas que estiverem no Brasil serão do Programa Nacional de Imunização, gerenciado pela pasta por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), “sem exceção”. Em seguida, ele assinalou que os imunizantes serão incorporados ao SUS:
— Todas as vacinas que estiverem no Brasil serão do Programa Nacional de Imunização, sem exceção. E isso já está muito bem pacificado e acordado com todos os entes da Federação. E isso representa o que tenha chegado importado de outros países, vai ter que aguardar o registro, vai ter que aguardar a homologação disso tudo, e vai ser incorporado no SUS.
Pazuello falou durante apresentação do plano de operacionalização da imunização no Brasil, no Palácio do Planalto. O governo apresentou, na cerimônia, seis imunizantes na lista de “adesão do Brasil às vacinas”, entre eles a CoronaVac, da farmacêutica chinesa SinoVac com o Instituto Butantan.
Em coletiva à imprensa após a cerimônia, o ministro destacou que nunca deixou de ter um “memorando de entendimento” com o Instituto Butantan para a compra da CoronaVac. Ele disse que o governo espera o imunizante ser registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
— Nós nunca deixamos de ter memorando de entendimento com o Butantan. Ele foi assinado e foi mantido, desde outubro. O que nós aguardamos? Registro na Anvisa — disse Pazuello.
O plano coloca o Butantan como uma das organizações com as quais “foram firmados memorandos de entendimento, não vinculantes, que expõem a intenção de acordo, podendo sofrer alterações de cronograma e quantitativos a serem disponibilizados”. Também estão nessa lista Pfizer, Janssen, Moderna e Gamaleya e Bharat Biotech.
Na versão anterior do plano, enviada no sábado ao Supremo Tribunal Federal (STF), não foi citada a intenção de compra da CoronaVac. A vacina foi listada somente entre os imunizantes que estão sendo testados no Brasil.
O Globo