Ainda repercute na Comunidade Acadêmica em segmentos liderados por professores, funcionários e estudantes, o anúncio feito pela professora Terezinha Domiciano, em pleno Conselho Universitário, de que ela desistiu de judicializar a ação para impedir a nomeação de Valdiney Gouveia que toma posse nesta quarta-feira (11) como novo Reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em meio ao 6° dia de protestos. Apesar de ser a mais votada em Consulta Pública feita pela Instituição, o presidente Jair Bolsonaro resolveu nomear o terceiro colado.
Na reunião, Terezinha argumentou que não dispõe de condições financeiras para manter banca jurídica visando judicializar o processo contra a posse. A Associação dos Docentes da UFPB (ADUF), um das entidades universitárias presente na reunião, estranhou e lamentou a decisão da professora Terezinha Domiciano.
Entenda a polêmica
O presidente Jair Bolsonaro nomeou o professor Valdiney Gouveia como novo reitor da UFPB pelos próximos quatro anos. Ele ficou em terceiro lugar, com apenas 5,35% dos votos, atrás de Terezinha Domiciano e Mônica Nóbrega, 48,44%, e Isac Almeida e Regina Celi Mendes, com 46,21% na Consulta Pública feita pela comunidade acadêmica.
Durante o processo eleitoral, Valdiney apontou ser defensor das ideias do presidente Bolsonaro, a exemplo do programa Future-se, um dos principais carros chefe do Ministério da Educação em relação às universidades federais que visa participação da iniciativa privada dentro do ensino público. A nomeação, porém, não é ilegal, já que cabe a prerrogativa do presidente em indicar um dos três nomes para ser o novo reitor, independente de sua colocação.
Após a nomeação, na última quarta (5), estudantes se acorrentaram na porta da reitoria com palavras de ordem “reitora eleita é reitora empossada” e pedem que a primeira colocada, Terezinha Domiciano, seja nomeada de forma democrática respeitando a Consulta Pública.