O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) reconhece que a reforma da previdência dançou, subiu no telhado, pois o governo Michel Temer não tem votos suficientes para votar a matéria na volta do recesso parlamentar. Para aprovar o fim das aposentadorias são necessários 308 votos na Câmara. Pelas contas, o Palácio do Planalto consegue reunir no máximo 240.
Rodrigo Maia adiantou que arquivará o texto da reforma da previdência devido a falta de apoio. A previsão inicial era de votar a questão no próximo dia 20 de fevereiro, mas, em virtude do ano eleitoral, os deputados não querem arriscar votando contra a maioria da sociedade e aparecer ao lado do moribundo Temer.
O próprio Michel Temer tem dado declarações à imprensa sugerindo que ele jogou a tolha em relação à reforma da previdência. “Eu já fiz a minha parte”, disse na semana passada o emedebista numa entrevista a uma rádio. Maia vestiu a carapuça. Não engoliu a indireta de Temer.
Segundo todas as pesquisas de opinião, a reforma da previdência não é apoiada pelos brasileiros. Algo como 90% são contrários ao fim das aposentadorias.
Por outro lado, a sociedade percebe o presidente e seus ministros como privilegiados. O ministro dos bancos Henrique Meirelles, por exemplo, recebe R$ 250 mil (duzentos e cinquenta mil reais) por mês de aposentadoria no Boston Bank. Michel Temer, aposentado aos 55 anos, recebe R$ 45 mil mensal da Procuradoria do Estado de São Paulo.
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